Bahia: tráfico usa escola estadual como rota de fuga na Avenida San Martin

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  • Bruno Wendel

Publicado em 15 de julho de 2024 às 05:00

Na Avenida San Martin, a violência invade, literalmente, a Escola Estadual Ruben Dario. Após troca de tiros com rivais, integrantes do Comando Vermelho pulam o muro do fundo e circulam pela unidade para chegarem com segurança ao Curuzu. Já foram cinco casos somente neste ano e o mais recente aconteceu há 15 dias, segundo os alunos, que estão apavorados.

Embora os relatos dão conta de que o problema é antigo, a Secretaria de Educação nega em nota. Por enquanto, os traficantes usam a escola como passagem, mas se um dia, no encalço, os seus desafetos conseguirem da mesma forma o acesso à instituição? Imagina o bangue-bangue que seria lá dentro? Na escola são 1.100 estudantes.

Há cerca de dois anos, homens armados pularam o muro e caminharam na quadra durante as aulas de educação física. Nas duas situações, eles exibiram pistolas para o professor, que abandou a escola.

Operação policial mira suspeitos de incitar violência nas redes
Alunos denciam que traficantes fazem da Ruben Dario de rota fuga  Crédito: Domínio público

Justiça inocenta gerente da Caixa denunciado por racismo contra empresário

Por essa ninguém esperava. Contrariando o clamor popular e o Ministério Público Estadual, o Tribunal de Justiça do Estado (TJBA) inocentou no último dia 9, o gerente da Caixa Econômica Federal João Paulo Vieira Barreto, acusado de racismo contra o empresário Crispim Terral, em 2019.

Imagens feitas na agência do Relógio de São Pedro, e que viralizaram, mostram um PM dando um “mata-leão” em Crispim, depois que o gerente, segundo o MP, disse que “não fazia acordo com ‘esse tipo de gente’, supostamente se referindo à raça/cor da vítima". À época, Crispim reclamou da retirada indevida de R$ 60 mil de sua conta.

“O tribunal entendeu que o gerente foi ríspido e isso não é crime. Vamos questionar a competência do TJBA, pois, no meu entendimento, o crime foi federal”, declara Marinho Soares, advogado de Crispim.

Com 'mata-leão', empresário Crispim Terral foi expulso de agência bancária no Dois de Julho, em 2019
Com 'mata-leão', empresário Crispim Terral foi expulso de agência bancária no Dois de Julho, em 2019 Crédito: Reprodução/Redes sociais

Laudo diz que tiro que matou evangélica saiu de arma de PMs

O laudo do Departamento de Polícia Técnica apontou que a evangélica Catimile dos Santos Bonfim, de 37 anos, foi morta por policiais.

Ela foi baleada a caminho da igreja numa ação policial no Engenho Velho de Brotas. “Ela foi atingida por seis munições. A PM já sabe quem são os autores e o inquérito será remetido à Justiça”, disse o advogado da família, Marinho Soares.

O filho dela, um menino que foi atingido no olho, está cego e com a bala alojada na cabeça.

Catimile dos Santos Bomfim (à direita) foi vítima de disparo de policiais durante confronto com suspeitos em Brotas, em setembro de 2022
Catimile dos Santos Bomfim (à direita) foi vítima de disparo de policiais durante confronto com suspeitos em Brotas, em setembro de 2022 Crédito: Acervo pessoal