Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Bruno Wendel
Publicado em 29 de janeiro de 2024 às 05:00
Os moradores de Valéria precisam insistir muito, muito mesmo para que um motorista por aplicativo aceite entrar no bairro, até mesmo durante o dia. A categoria, já temerosa com os assaltos, está aterrorizada com os sequestros realizados pelo Bonde do Maluco (BDM). Traficantes fingem ser clientes e levam os motoristas para uma mata, onde funciona o cativeiro. No entanto, mesmo com o pagamento do resgate, que varia entre R$ 3 mil e R$ 6 mil, algumas vítimas não foram libertadas - há notícia de pelo menos dois casos. Assustada, a categoria divulgou alertas em grupos de WhatsApp. A coluna entrou em conta com a Polícia Civil, Polícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública, mas não responderam. Enquanto isso, é no vácuo do estado que estas organizações ocupam e consolidam seu poder no território.
Se o assassinato de alguém já é uma situação impactante, imagina se um fato desse estivesse acontecido praticamente debaixo do olhar de quem deveria coibir ? Pois bem. Um homem foi morto a tiros nesta terça-feira (23), a cerca de 200 metros da sede da 41ª CIMP, no bairro da Federação. O crime aconteceu na madrugada, pois os disparos acordaram os moradores. Ou seja, os autores não estavam preocupados com ninguém, inclusive com o efetivo da companhia. Mais do que audácia, é uma afronta às forças de segurança pública.
Sem piedade
A violência no Subúrbio grita, ou pior, chora. O jovem Luís Guilherme Nascimento de Jesus, 22, foi morto a tiros nesta quinta, na localidade de Madeirite em Fazenda Coutos 3. Segundo moradores, a mãe desesperada teria implorado pela vida do filho, que foi baleado em sua frente. A Polícia Civil informou que ainda não tem pista dos criminosos.