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Novo caso de fecundação exclusivamente feminina indica futura inutilidade de machos

Estudo comprova que fêmeas de tubarão geraram filhotes sem a participação masculina; outra pesquisa indica que cromossomo masculino está em extinção nos mamíferos

  • Foto do(a) author(a) Flavio Oliveira
  • Flavio Oliveira

Publicado em 3 de agosto de 2024 às 16:00

Fenômeno foi observado em cação-liso, em aquário na Itália Crédito: Reprodução

Mais um fato descoberto na natureza indica que o futuro reserva um papel de inutilidade biológica para os machos, se muito. Talvez o mais provável seja mesmo a extinção genética de caraterísticas sexuais masculinas.

Estudo publicado nessa semana informa o nascimento por partenogênese (sem fecundação) de um cação-liso, também conhecido como caneja. A espécie (Mustelus mustelus) está extinção. Pesquisadores de vários institutos especializados, localizados no Piemonte, Ligúria e Vale d'Aosta, na Itália, comprovaram o fenômeno, protagonizado por duas fêmeas com mais de 18 anos de idade que vivem desde 2010 em um na Sardenha, outra região italiana.

No total, foram três nascimentos, em 2020, 2021 e 2023, mas apenas um deles, o filhote de 2021, continua com vida. O cação-liso, mede entre 1,5 e 2 metros, está ameaçado pela pesca ilegal no Mediterrâneo e em outros mares quentes. Conforme os pesquisadores, a espécie pode perder até metade de sua população nas próximas décadas.

"É notável que essa descoberta revele que a partenogênese pode ocorrer todos os anos nestes tubarões, alternando entre duas fêmeas, e exclui conclusivamente o armazenamento de esperma a longo prazo como causa”, enfatizaram os pesquisadores no artigo divulgado no portal Scientific Reports.

Partenogênese - "nascimento virgem" em grego - se refere especificamente à reprodução assexuada feminina. O assunto, tema de relatos religiosos e de narrativas de ficção científica, é alvo de observação científica desde sempre, sendo relativamente comum na natureza, em diversos tipos de organismos, entre eles plantas, insetos, peixes, répteis e pássaros. Nunca foi visto em mamíferos, incluindo seres humanos, que precisam, pelo menos até este momento da evolução, de certos genes oriundos do esperma.

A grande maioria das espécies de animais se reproduz sexualmente, com contribuição genética de machos e fêmeas. Em algumas espécies (vespas, crustáceos e lagartos) são capazes de produzir ovos contendo todo o material genético necessário para a reprodução. As fêmeas dessas espécies se reproduzem apenas por partenogênese e são chamadas de partenógenos obrigatórios.

Outro grande número de espécies experimenta partenogênese espontânea, processo documentado em animais mantidos em zoológicos. Um exemplo aconteceu no Smithsonian National Zoo nos EUA, com o réptil dragão-d'água-chinês; outro, com um tubarão-de-pontas-negras-do-recife no Aquário de Virgínia, também nos Estados Unidos. Os partenógenos espontâneos geralmente se reproduzem sexualmente, mas podem ter ciclos ocasionais que produzem óvulos prontos para o desenvolvimento. Para os cientistas, a partenogênese espontânea pode ser um traço hereditário, o que significa que as fêmeas que experimentam de repente a partenogênese podem ter mais probabilidade de ter filhotes capazes de fazer o mesmo.

Ainda não está claro como a partenogênese espontânea é desencadeada, mas as pesquisas apontam que o fenômeno é fruto de mudanças ambientais que tragam ameaça à perpetuação da espécie, como aquecimento global ou aumento de predadores ou escassez de alimento.

Essa nova pesquisa se junta a outra, publicada na revista Nature no final de maio, defende que o cromossomo Y está evoluindo muito mais rápido que o X, o que ajuda a fortalecer ideias anteriormente apresentadas na literatura científica, de que o cromossomo Y está desaparecendo da espécie humana. O macho da espécie humana é formado pela junção do X com o Y. As fêmeas, com a de dois XX.

O estudo teve como método a comparação do sequenciamento genético dos cromossomos sexuais de diferentes espécies de primatas, como chimpanzés, bonobos, gorilas ocidentais de planície, orangotangos de Bornéu e de Sumatra e gibões-siamangues, com os dos humanos. Nisso, foi observado que os cromossomos Y apresentam muita diferença entre as espécies, enquanto os cromossomos X continuam semelhantes: mais de 90% das sequências do cromossomo X dos macacos coincidem com o cromossomo X humano, indicando um grau relativamente pequeno de mudança ao longo de milhões de anos de evolução; mas quando se trata do cromossomo Y, apenas 14 a 27% dos cromossomos dos macacos se alinham com a versão humana. Ou seja: há uma rápida mudança com o decorrer da evolução.

Os pesquisadores acreditam que essa variação extensa provavelmente se deve ao fato de o cromossomo Y não trocar muita informação genética com outros cromossomos, o que significa que ele tende a captar outros tipos de mutações. Ou seja, o cromossomo Y tem diminuído progressivamente ao longo do tempo. "Descobrimos que o macaco Y está encolhendo, acumulando muitas mutações e repetições e perdendo genes. Devido a esta degradação, sugere-se que o cromossoma Y esteja em vias de extinção nos mamíferos", diz o artigo.

O cenário descrito, contudo, não está determinado, pois nada indica que o cromossomo Y vai realmente desaparecer. Os cientistas descobriram que embora o cromossomo Y possa estar diminuindo, é improvável que desapareça completamente, uma vez que alguns de seus genes são protegidos por mecanismos de segurança que mantêm intactas sequências importantes. "Estudos futuros deverão investigar genes não codificadores e elementos reguladores do cromossomo Y, que podem ser essenciais para o sexo masculino e contribuir ainda mais para a pressão seletiva", concluíram os pesquisadores.

Carnaval não é só em fevereiro e rende R$ 107 milhões para compositores

Seis das dez músicas mais tocadas em shows no Brasil no primeiro semestre deste ano foram consagradas no Carnaval de Salvador. Outras duas, embora ligadas a artistas cariocas de MPB, também fazem parte de repertório de apresentações carnavalesca país afora. O ranking é completado por uma canção de pagode e outra do novo sertanejo.

O levantamento é do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), órgão responsável por recolher o pagamento de direitos autorias de músicas tocadas em rádios, shows e plataformas de streaming. No caso dos shows, o escritório recebe dos artistas as músicas que eles irão executar para, assim, cobrar a taxa devida aos compositores. Muito dos autores de canções famosas não se apresentam em público, dependendo desse tipo de cobrança para sobreviver. Entre 1º de janeiro e 30 de junho, o Ecad arrecadou R$ 107 milhões em royalties, um crescimento de 22% em relação ao mesmo período do ano passado. A alta se dá mesmo com uma redução de 27% no número de shows na comparação entre os dois períodos. Foram 14.596 shows no primeiro semestre deste ano, 5.355 a menos que na primeira metade de 2023.

A canção líder do ranking – publicado pela primeira vez na coluna Painel S.A. da Folha de S. Paulo, na quinta (1º) – é a versão brasileira da italiana Eva, composta por Cartavetrata, Umto e Ficarelli, um clássico dos trios elétricos. O levantamento prossegue com País Tropical, de Jorge Ben Jor; Não Quero Dinheiro, de Tim Maia; Macentando, de Luciano Chaves, Ivete Sangalo e Samir Trindade; o sertanejo Erro Gostoso, de Lucas Souza, Flavinho do Kadet, Felipe Martins, Gabriel Angelo, Eliabe Quexin e Edson Garcia; Perna Bamba, criada por Gabriel Cantini, Lucas Medeiros, Gabriel Bk, Shylton, Tinho Wt, Batidão Stronda, Newton Fonseca e Breno Lima; Arerê, de Gilson Babilônia e Alaim Tavares; Praieiro, de Manno Góes; Faraó Divindade do Egito, de Luciano Gomes; e o pagode Lapada Dela, de Ricardus Junior e Matheus Fernandes e Jimmy Luzzo.

Meme da semana

null Crédito: reprodução

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