Down Society: a história de mulheres ricas, famosas e golpistas

Participante do reality Mulheres Rica é alvo de batida policial; em Minas, empresária é presa por desviar R$ 35 milhões

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  • Flavio Oliveira

Publicado em 29 de junho de 2024 às 16:00

Flávia comprou e não pagou joias e bolsas de grife Crédito: Reprodução

Foi-se o tempo em que a gente fina, elegante e sincera mantinha discrição sobre suas vidas pessoais e eram admiradas pelas conquistas materiais e ações filantrópicas. Novos casos, em Minas e em São Paulo, reforçam o quanto está down o high society.

Samira Monti Bacha Rodrigues foi presa no apartamento avaliado em R$ 6 milhões na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). Tinha contatos direto com as famílias mais ricas da cidade. Mais que isso, era tida como uma pessoa influente na elite mineira e teria, segundo investigações, se aproveitado dessa posição para desviar R$ 35 milhões .

Em São Paulo, no tradicional e sofisticado bairro do Itaim Bibi, a mansão de Flávia Rocha - que ganhou seus 15 minutos de fama ao participar do reality show Mulheres Ricas entre 2012 e 2013 - foi alvo de um mandado de busca e apreensão da Polícia Civil. Ela estava com 93 itens da joalheria Dani Rigon, avaliadas em R$ 7 milhões, e se recusava a pagar. Flávia também deve prestações de compras anteriores de quase R$ 1 milhão.

Não é o único problema de Flávia causado pelo hábito de não pagar por suas compras. Em fevereiro, ela foi condenada pela Justiça a pagar R$ 857 mil à empresa Europrestígio Distribuição e Comércio de Artigos de Luxo por não pagar as bolsas que comprou. Segundo reportagem de O Globo, a empresa vendeu R$ 504.320,17 em bolsas para Flávia, que não depositou os cheques que prometeu. O resto do valor se refere a sete bolsas enviadas pela loja à casa da socialite, que nunca teria devolvido os itens nem pago por eles.

Flávia Rocha tem autuação empresarial no ramo de beleza e é proprietária do Grupo Farmamake, que tem sob seu guarda-chuva as marcas Tracta, Frederika Make, Urban, Farmaervas, Face It, TB Make, Make, e Mr And Miss Pet.

Ela também mantinha uma parceria com a influencer Bruna Tavares, dona da marca de cosméticos que leva seu nome, e possui 3,5 milhões de seguidores no Instagram. Bruna desfez a parceira na tarde da terça (26), assim que a notícia da batida policial começou a ser divulgada pela imprensa.

Samira foi presa em apartamento de R$ 6 milhões Crédito: Reprodução

Samira era sócia em três empresas de crédito. Os golpes, acusa a polícia, começaram em 2020, dois anos depois dela entrar na primeira sociedade, uma empresa de cartões de crédito de benefícios. A investigação diz que ela aumentava o limite dos cartões no sistema da empresa, fazia compras diversas e em seguida, de volta ao sistema, apagava os débitos. Com isso, deixava o prejuízo com pequenos empresários e estabelecimentos onde os cartões eram passados pelos clientes.

Ainda segundo a polícia, Samira passou a atuar em outra companhia do mesmo grupo, especializada em cartões para a classe médica, com valores maiores e as fraudes chegaram a R$ 500 mil. Em seguida, ela migrou para uma terceira empresa do grupo, voltada para a antecipação de recebíveis, onde teria simulado operações se passando por clientes cobrando valores de outras empresas. O montante, contudo, era direcionado para a conta bancária dela.

À medida que as fraudes aumentavam de valor e seu patrimônio crescia, Samira ingressou na alta sociedade de Minas Gerais. E a fazer diversas viagens internacionais para adquirir produtos de luxo – incluindo joias, que eram revendidas em Minas. A dona da joalheria foi alvo de mandados de busca e apreensão na operação. Ao todo, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e, além de Samira, outras 10 pessoas foram detidas, incluindo o pai, a mãe e funcionários da acusada. Metade delas foi liberada.

O golpe de Samira foi descoberto por um empregado da empresa de recebíveis e ela denunciada à polícia pelos sócios. Entre os bens recuperados estão relógios, bolsas e joias.

As defesas de Flávia e Samira não se pronunciaram até o momento.

Cartaz xenofóbico gera apreensão na Europa

Panfleto foi criado por candidato da extrema direita francesa Crédito: Reprodução

Um cartaz do Partido da França assustou o mundo pela xenofobia explícita que alimenta o medo e a violência contra imigrantes. A imagem mostra um menino branco, de olhos azuis, embaixo dos dizeres: “Vamos dar futuro às crianças brancas”.

O candidato a deputado Pierre-Nicolas Nups, assumiu a autoria do panfleto e disse que se trata apenas de uma mensagem de esperança “para a nossa juventude”. "E se víssemos qualquer outra coisa nela, seria uma interpretação maliciosa", disse. Em 2017, ele foi condenado a seis meses de pena de prisão suspensa e cinco anos de inelegibilidade por incitação ao ódio homofóbico.

O Partido da França também respondeu à polêmica, afirmando que o cartaz foi um sucesso e se esgotou. E que vai lançar um novo, com a imagem de imigrantes negros superlotando um avião com a frase “Que eles regressem para a África”.

O perigo da extrema direita com seus ideais de uma raça superior a outras é real e imediato. Em todo o mundo. No Brasil, a Polícia Federal – em conjunto com a Interpol - tem monitorado o crescimento de células nazistas e de incidentes provocados por eles, com ataques a sinagogas e à população LBTQIA+. Ainda nessa semana, no dia 25, um jovem de 19 anos foi preso pela Polícia Civil com mais de 100 materiais com símbolos nazistas em um condomínio localizado na Santa Cecília, no centro de São Paulo. Segundo a denúncia, o jovem, que não teve o nome revelado, revendia material do tipo para todo o país.

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Com agências

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