Acesse sua conta

Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Recuperar senha

Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Dados não encontrados!

Você ainda não é nosso assinante!

Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *

ASSINE

As principais tendências para os negócios digitais, segundo grandes especialistas

As principais tendências para os próximos anos nos negócios digitais foram compartilhadas por especialistas no Fire Festival

Publicado em 2 de outubro de 2023 às 07:21

Veja abaixo as principais tendências para os próximos anos nos negócios digitais, de acordo com os maiores nomes e marcas do cenário mundial de criatividade, mercado digital e Creator Economy, que fizeram parte do Fire Festival, evento criado pela Hotmart que aconteceu entre 24 e 26 de agosto, em Belo Horizonte. O CORREIO esteve na capital mineira cobrindo o evento a convite da plataforma.

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NÃO VAI SUBSTITUIR HUMANOS, MAS AJUDÁ-LOS

Luiz Gustavo Pacete, head de conteúdo da MMA Latam e editor da Forbes Tech, Crédito: Reprodução/Instagram

Luiz Gustavo Pacete, head de conteúdo da MMA Latam e editor da Forbes Tech, falou sobre como usar a inteligência artificial a partir de uma perspectiva humana e comportamental que pode diferenciar os criadores. “Você não será substituído pela tecnologia, mas por quem sabe usá-la melhor. Isso não significa saber programar ou ser um técnico em inteligência artificial, mas como nós vamos lidar com a sociedade e com a comunidade nesse mundo muito louco que está em transformação.

“Temos nos concentrado muito em quais empregos serão eliminados. Estou mais interessado em quais empregos serão criados”, disse Sébastien Night, fundador da primeira IA de edição de vídeo autônoma do mundo, a One Take AI. Para o palestrante, os produtores devem usar a tecnologia para chegar a falantes de outros idiomas e crescer no mercado internacional.

A ideia de Sebastien encontrou apoio na fala de Leandro Conti, Vice-presidente Global de Assuntos Corporativos da Hotmart: “A inteligência artificial vai te ajudar a fazer coisas que você talvez não consiga. E o futuro? Não sabemos, mas a gente já vê criadores de conteúdo criando em outros idiomas, usando a IA para traduzir aquilo com a voz dele e falar em outra língua que ele não fala”, disse.

Leandro Conti, Vice-presidente Global de Assuntos Corporativos da Hotmart
Leandro Conti, Vice-presidente Global de Assuntos Corporativos da Hotmart Crédito: Reprodução/Instagram

Para Fábio Ricotta, CEO da Agência Mestre, a IA é útil para ler dados, criar conteúdo e gerar insights. “Analise depoimentos dos clientes e crie headlines persuasivas com a ajuda do ChatGPT. Utilize a ferramenta para analisar dados de lançamento e de tráfego pago, otimizando suas estratégias de marketing”, ensinou.

Nas palavras de João Pedro Resende, CEO da Hotmart, a IA é um marco da vida em sociedade, assim como foram a linguagem, a eletricidade, a internet, as redes sociais etc. “É difícil prever ainda tudo que vai acontecer, mas um dos impactos que vão ser sentidos vai ser nas nossas vidas profissionais. Vamos fazer coisas em menos tempo e muitas pessoas vão acabar mudando de carreira, fazendo transição. E eu acho que o nosso trabalho pode ajudar muito nisso: a gente trabalha com conhecimento e as pessoas vão precisar disso”, explica. Para ele, a tecnologia vai nos permitir passar mais tempo sendo humanos.

João Pedro Resende, CEO da Hotmart
João Pedro Resende, CEO da Hotmart Crédito: Divulgação

AS COMUNIDADES VIERAM PRA FICAR

A Head de Pesquisa da White Rabbit, Isadora Ferraz, vê um futuro com comunidades de creators se formando, o que pode tornar o trabalho do criador menos solitário. “Hoje em dia é muito single player. E eu espero que no futuro a gente seja mais multiplayer.

“A comunidade é curadoria também. Ela te ajuda a filtrar o que você consome. Você não precisa ir lá procurar sozinho. Ela já validou o que você vai consumir, o que é maravilhoso para quem precisa se aprofundar em um assunto”, analisou Rafa Lotto, CSO da YOUPIX no Brasil.

Aloisio Júnior, CEO da AJR Mídia, chamou a atenção para comunidades no YouTube. Funciona como um feed, onde dá para postar fotos e enquetes. Mesmo que a plataforma não notifique os seguidores de um vídeo novo, a comunidade fica sabendo. “Usamos isso para manutenção de disparo, tem cliente com movimentação de 20/30 mil cliques no vídeo por lá.”

Aloisio Júnior, CEO da AJR Mídia
Aloisio Júnior, CEO da AJR Mídia Crédito: Divulgação

Para Luide Matos, streamer, youtuber e criador do Formando Creators, a autenticidade é essencial para a formação de uma comunidade. “Não abra mão da sua personalidade, dos seus valores, daquilo que você acredita e que te trouxe até aqui. Aquela mistura de cultura, de ensinamento de mãe, de pai, comida, culinária, moda, música, cinema, de arte que você consome, dos seus valores (…). Tudo isso importa muito na hora de você engajar uma comunidade. As pessoas precisam saber quem você é de fato”, comentou.

SAÚDE MENTAL IMPORTA, SIM! ALGORITMOS NÃO DEVEM PAUTAR A VIDA DO CREATOR

A pesquisadora Issaaf Karhawi apresentou no FIRE o que é a exaustão algorítmica – situação que ocorre quando o criador de conteúdo adoece ao lutar contra o algoritmo de uma rede. De acordo com pesquisas, a principal motivação das pessoas para trabalhar com criação de conteúdo é a busca por independência e horários flexíveis. “Mas parece que, no digital, existe um chefe invisível. Quem é esse algoritmo se não um chefe invisível?”.

Ainda que o algoritmo puna quem não costuma aderir aos formatos propostos pelas plataformas, muitos criadores passaram a buscar alternativas para driblá-lo. Compreender, por exemplo, quais as redes prioritárias para a sua audiência e investir na qualidade do conteúdo produzido tornou-se muito mais relevante do que a frequência das postagens. A estafa gerada pelo acúmulo exacerbado de funções na rotina de um creator e a ânsia por escalar seus números – e o impacto que causam na saúde mental – acabaram também atravessando painéis diversos:

Issaaf Karhawi, pesquisadora
Issaaf Karhawi, pesquisadora Crédito: Divulgação

“Tome consciência da necessidade do que você precisa hoje, da saúde mental, do tempo que deseja passar com sua família, com seus filhos. Talvez você faça tudo, mas não é bom com a gestão de tráfego. Você pode procurar um gestor de tráfego para te apoiar nessa jornada. É muito mais fácil você andar acompanhado do que você andar sozinho”, Paulo de Freitas, sócio-fundador da Família Sublimática, empresa focada em produtos personalizados.

Ícaro de Carvalho, fundador da escola de marketing digital O Novo Mercado, partiu de sua história para trazer reflexões sobre sucesso e perseverança. “Durante muito tempo, eu achei que o sucesso fosse solitário. E, justamente por isso, eu abriria mão de tudo para conseguir o que eu queria: basicamente dinheiro, dinheiro e mais dinheiro”, disse. Essa ideia o levou a perder o primeiro aniversário de sua filha. “Eu me vi numa reunião, conversando com um cliente sobre um projeto que eu nem queria tocar simplesmente porque a ansiedade faz isso, faz a gente confundir movimento com direção. ”

O FUTURO DO CREATOR EM 6 ATOS

  • A inteligência artificial (IA) é uma ferramenta poderosa e pode tornar a produção do creator mais eficiente. Automatizar tarefas, gerar insights e traduzir textos para outro idioma são só alguns recursos facilitados pela tecnologia. Mas lembre-se: a criatividade humana segue sendo insubstituível.

  • As comunidades digitais são cada vez mais estratégicas. Ao reunir pessoas com interesses em seus conteúdos, os creators conquistam uma audiência qualificada, que direciona e amplifica sua produção. Além de consumidor, um público engajado é também curador e consultor.

  • Independência e flexibilidade são dois motivos que levam alguém a empreender no digital. Para isso se concretizar, o creator não pode ficar refém de algoritmos. Volume não é sinônimo de sucesso.

  • O mercado digital está cada vez mais fragmentado. A diversificação de formatos e plataformas para transmitir o seu conteúdo pode levar seu trabalho a um público mais amplo. Busque estratégias para identificar onde a sua audiência está. Esses dados ajudam a ofertar produtos no momento certo e no formato adequado ao perfil da comunidade que o consome.

  • Na disputa por atenção, se destacam os creators com branding mais forte e com maior identificação gerada junto a seu público. Diferenciação e identidade do criador são alguns dos caminhos para isso. Uma marca sem uma persona forte pode dar errado, e trazer essa cara individualizada para um produto ajuda a construir relacionamentos duradouros com o público. Assim, na Creator Economy pessoas e marcas, muitas vezes, se fundem para conseguir escalar.

  • Criadores de conteúdo são empreendedores e entender essa produção como um negócio é fundamental para profissionalizar essa jornada. A rotina do creator não deve ser solitária. Ter o apoio de plataformas, de outros profissionais e saber delegar são meios de qualificar o alcance e a produção do trabalho.