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Amigos de Feira de Santana se unem, criam staturp e conquistam mais de 800 clientes

Hoje, a startup atende mais de 800 unidades de saúde em todo o Brasil

  • N
  • Nilson Marinho

Publicado em 7 de outubro de 2024 às 05:27

Eduardo Nunes tinha uma empresa de tecnologia com seu amigo André Nobre. O Marcel, que era da turma, também. Todos moravam em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, e eram amigos de happy hour.

Certa feita, um cliente importante procurou Marcel para ele com uma demanda. Marcel até podia contribuir, mas apenas em parte. Do outro lado, estavam os dois amigos que, por coincidência, tinham a competência necessária que restava.

Amigos de Feira de Santana se unem, criam staturp e conquistam mais de 800 clientes Crédito: Divulgação

“Aquela velha máxima: um mais um é melhor do que dois. Unimos as empresas para atender esse cliente que era importante e estratégico”, conta Eduardo.

O cliente em questão era o Hospital Estadual da Criança (HCE), que fica em Feira de Santana. A demanda era uma pesquisa de satisfação. O governo do estado exigia que pelo menos 40% dos pacientes fossem entrevistados.

O grande problema era que o hospital funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, portanto era necessário um sistema automatizado. Uma das empresas oferecia pesquisas automáticas via WhatsApp, e a outra tinha um módulo de pesquisa local em tablets.

“Como sabíamos que o WhatsApp sozinho não atingiria os 40%, complementamos com o uso de tablets no hospital e os dados foram enviados para uma única plataforma”, conta Eduardo.

Essa foi a fagulha que originou a startup Wellon. A parte societária foi decidida de forma rápida, mas os três amigos precisaram de cerca de um ano para fazer ajustes que delimitaram as responsabilidades de cada um na empresa.

No momento em que deram vida à Wellon os três amigos, em suas respectivas empresas, já atendiam cerca de 80 clientes, mas com a projeção de atender uma grande instituição lhe deram respaldo no mercado.

A empresa não trabalha apenas com pesquisas de satisfação autorizadas, mas também com recursos que acompanham a jornada de atendimento dos pacientes em hospitais públicos e privados, possibilitando que eles sejam lembrados, por meio de boats, que precisam retornar às consultas médicas e até facilitar marcações de exames com ajudas de robôs.

“Um caso bem interessante é de um hospital de olhos, de oftalmologia, que tinha 48 meses médio de retorno. Depois que a gente passou a fazer todo esse processo, um ano e meio depois, medimos, e ele estava com 19 meses médio de retorno. Ele mais que dobrou a quantidade de atendimentos por ano com os próprios pacientes.

Mesmo que não tenha entrado nenhum paciente novo, o faturamento teria mais que dobrado”, conta Nunes.

Hoje, a startup atende mais de 800 unidades de saúde em todo o Brasil, incluindo estados como Pernambuco, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. A Bahia representa cerca de 35% dos clientes da empresa. Furar a bolha e chegar até o eixo Sul e Sudeste não foi fácil.

“Algumas pessoas no Sul e Sudeste têm a percepção de que da Bahia para cima é tudo uma coisa só, sem grandes ofertas de valor. Para contornar isso, dominamos o mercado local primeiro, conquistamos clientes estratégicos e participamos de eventos para mostrar nossa presença no mercado”, lembra.

A Wellon recebeu um aporte de uma aceleradora em 2021 e, em 2022, garantiu uma segunda rodada de investimento, que ajudou a expandir ainda mais os negócios dos três amigos. Hoje, os sócios dizem que a empresa tem conseguido andar com pernas próximos sem a necessidade de uma nova captação. “Mas nós ainda não estamos fechados, não, em algum momento a gente sabe que vai precisar para um salto maior.