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Planserv virou uma dor de cabeça para o servidor

A crise financeira do Planserv não pode ser vista como um problema isolado. Ela é reflexo direto da má gestão do governo Jerônimo

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  • Editorial

Publicado em 21 de fevereiro de 2025 às 05:00

O Planserv, que deveria garantir assistência de qualidade aos servidores estaduais da Bahia, tornou-se um sinônimo de precariedade e descaso. Pelo segundo ano consecutivo, o plano de saúde fechou suas contas no vermelho, com um déficit de R$ 198 milhões em 2024. Isso agravou ainda mais a crise que se ampliou no ano anterior, quando o rombo foi de R$ 147 milhões.

O resultado é um serviço cada vez mais deteriorado, no qual os beneficiários enfrentam dificuldades para conseguir atendimento médico, realização de exames e até mesmo um simples agendamento de consulta.

A crise financeira do Planserv não pode ser vista como um problema isolado. Ela é reflexo direto da má gestão do governo Jerônimo Rodrigues, que, ao longo dos últimos dois anos, falhou em garantir o equilíbrio das contas e a manutenção da rede credenciada. A comparação com os anos anteriores evidencia a má administração atual: em 2021 e 2022, sob o governo Rui Costa, o plano operou no azul, mesmo que com margens modestas. O que mudou de lá para cá?

A realidade dos servidores baianos que dependem do Planserv é crítica. Hospitais e clínicas descredenciados, atendimentos de emergência negados, cotas de exames e consultas esgotadas em questão de segundos, além de uma espera que pode chegar a quatro meses por um procedimento considerado urgente. Enquanto isso, a mensalidade do plano continua alta, o que compromete boa parte dos salários e aposentadorias dos beneficiários.

O caos se estende à rede hospitalar. O Hospital de Brotas, inaugurado no ano passado como um centro exclusivo para os beneficiários do Planserv, acumula reclamações. Relatos de pacientes dão conta de que a espera por um simples atendimento pode se arrastar por horas, sem qualquer garantia de que o paciente será, de fato, atendido. O mesmo acontece em outras unidades da rede credenciada, algumas das quais suspenderam o atendimento por falta de pagamento ou superlotação.

O Planserv já foi um modelo de assistência à saúde para os servidores do estado. Hoje, tornou-se um símbolo da falta de compromisso do governo estadual com aqueles que dedicam suas vidas ao serviço público. O mínimo que se espera do governo Jerônimo Rodrigues é transparência sobre os problemas financeiros do Planserv e um plano de recuperação realista. Até agora, o que se vê é apenas silêncio e omissão.

A situação chegou ao ponto de levar associações de servidores a enviarem uma carta ao governador em 2024, na qual providências foram cobradas. No entanto, sem vontade política e um esforço genuíno para reverter o colapso, as promessas de melhoria seguirão sendo apenas palavras vazias. Se nada for feito, o Planserv continuará se deteriorando e deixará milhares de servidores à mercê da própria sorte. O governo petista tem a obrigação de agir antes que seja tarde demais.

Nota enviada pelo Planserv ao CORREIO após a publicação do Editorial: 

Do Planserv

Ao Correio 24h

A respeito do editorial publicado na edição de hoje (21/02/25), o Planserv informa que os valores atribuídos como “supostos déficits” aos anos de 2023 e 2024, refletem o esforço implementado pela gestão do Governador Jerônimo Rodrigues para qualificar ainda mais a prestação dos serviços assistenciais oferecidos aos beneficiários do Planserv.

A atual gestão efetuou, em complementação ao orçamento das contribuições próprias arrecadadas pela Assistência, suplementação de valores adicionais com recursos próprios do Tesouro Estadual, permitindo assim o pagamento adequado dos serviços ofertados pela rede de prestadores aos beneficiários da Assistência nos exercícios dos dois anos citados.

Hospital de Brotas

Inaugurado em junho de 2024, o Hospital de Brotas, exclusivo dos beneficiários do Planserv, conta hoje com 131 leitos - 40 pediátricos e 91 para adultos. Os leitos adultos dispõem de 20 de UTI. Eventuais aumentos na demanda, registrados em toda a rede hospitalar, estão relacionados às viroses típicas desta estação.

As taxas de ocupação têm se mantido entre 80 e 100%, nos últimos meses. A média de atendimentos mensais na Emergência é de 2,6 mil e o número de cirurgias realizadas por mês está em torno de 250.

A Agência Transfusional do HB tem realizado 60 transfusões/mês. O Hospital ainda dispõe de um Centro Médico com várias especialidades que vem realizando cerca de 2,5 mil consultas/mês.