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Resultado operacional da Braskem no segundo trimestre tem alta de 46%

Unidades na Bahia e São Paulo foram usadas para compensar paradas causadas por inundações no Rio Grande do Sul

  • Foto do(a) author(a) Donaldson Gomes
  • Donaldson Gomes

Publicado em 8 de agosto de 2024 às 11:22

Unidade Q1 da Braskem, no Polo Industrial de Camaçari Crédito: Divulgação

Apertando os cintos no mais crítico momento de baixa na história da indústria química global, a Braskem conseguiu melhorar em 46% o seu resultado operacional, na comparação com o primeiro trimestre deste ano. A maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, que possui um de seus mais relevantes complexos de produção no Polo Industrial de Camaçari, registrou Ebitda – lucro antes dos impostos e despesas com depreciação de ativos – de R$ 1,7 bilhão.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o avanço foi de 137%. O aumento se deu tanto por conta dos preços dos produtos, quanto pelo maior volume de vendas e a implementação de iniciativas para a redução de custos e despesas. No segundo trimestre do ano, a Braskem registrou um prejuízo líquido de R$ 3,7 bilhões, em função, principalmente, do impacto da variação cambial no resultado financeiro dada a depreciação do real frente ao dólar de 11,3%.

"Tivemos mais um trimestre de resultados melhores quando comparado aos trimestres anteriores. Isso aconteceu em função dos maiores spreads no mercado internacional, como consequência do melhor equilíbrio entre oferta e demanda global e dos efeitos dos conflitos no Mar Vermelho, que resultaram em um aumento nas taxas de fretes combinado aos esforços contínuos na implementação de iniciativas que buscam a maximização dos nossos resultados", diz Roberto Bischoff, CEO da Braskem.

No Brasil, no segundo trimestre, o volume de vendas das resinas e principais químicos caiu 2% e 5%, respectivamente, em relação ao primeiro trimestre. Isso ocorreu em função, principalmente, da parada das operações no Polo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul, como consequência do evento climático extremo que atingiu o estado, compensada parcialmente pelo direcionamento das vendas de resinas produzidas nas plantas da Bahia e de São Paulo. E, em relação ao 2T23, houve aumento de 4% e 3%, respectivamente, explicado pela maior demanda no período em função da formação de estoque na cadeia.

Do lado operacional, a diversificação geográfica das centrais petroquímicas da Braskem foi fundamental para manter o atendimento aos clientes da companhia e atenuar os efeitos das paradas durante o trimestre. No Brasil, por exemplo, a produção impactada pelos eventos climáticos no Rio Grande do Sul foi parcialmente compensada pela elevação da taxa de utilização das centrais petroquímicas da Bahia e de São Paulo.

Segundo Pedro Freitas, vice-presidente financeiro da Braskem, o custo-fixo das plantas industriais da empresa no Rio Grande do Sul, que ficaram ociosas por conta das inundações no estado em maio deste foi de aproximadamente R$ 160 milhões. “O que foi possível produzir em outros locais, nós produzimos, principalmente em São Paulo e na Bahia, mas os combustíveis e outros produtos que são transportados por dutos, foram bastante impactados”, diz.

Novas frentes

No período, a Braskem anunciou também a assinatura de um acordo de investimento com a Solví e a GRI envolvendo a participação acionária da companhia na Cetrel. O movimento, além de fortalecer a própria Cetrel, líder em soluções ambientais e industriais, e transformar a GRI em uma plataforma para o crescimento nacional do setor, resultará no recebimento pela Braskem de R$ 284 milhões.

“Vendemos para a GRI uma parte da Cetrel e passamos a ter uma participação na GRI, que se torna líder nacional em gestão ambiental e tratamentos de efluentes”, explica Freitas. Para ele, esta é uma solução muito interessante porque coloca no negócio um sócio (a Solví) que está disposto a investir num negócio que não é a prioridade da Braskem. “Vemos possibilidade de participar do crescimento deste novo negócio, com sinergia e potencial de crescimento muito grande”, diz, lembrando que a negociação ainda depende de um OK do Cade, esperado para o final de setembro.

A companhia recebeu ainda a aprovação para se tornar uma EBN (Empresa Brasileira de Navegação), tendo o início das operações marítimas previsto para os próximos meses. Com a conquista da licença, será possível alugar ou ter navios com tripulação contratada para realizar o transporte marítimo de produtos. E a primeira operação na cabotagem está prevista para ser realizada entre a Bahia e o Rio de Janeiro.

Destaque também para a parceria entre Braskem e Petrobras, que possibilitou a conquista de resultados positivos em testes de escala industrial da produção de corrente de Hidrocarbonetos Leves de Refinaria (HLR), com conteúdo renovável, produzida a partir do etanol de cana-de-açúcar. E o trimestre contou ainda com a primeira venda de PP circular, sob a marca Wenew. Através da parceria com a empresa suíça Georg Utz AG, a companhia realizou a primeira venda de PP circular, produzida a partir da reciclagem química dos resíduos plásticos e com a certificação ISCC.

Em relação à implementação da estratégia corporativa da Braskem, a construção do terminal de importação de etano no México atingiu o progresso físico de 75% até o mês de junho. E a expectativa de término da construção do terminal é para o final de 2024, com início das operações durante o primeiro trimestre de 2025.