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Petrobras define hoje destino de R$ 640 bilhões em investimentos; saiba o que esperar para a Bahia

Há expectativas de recursos para produção de petróleo em terra e na área de refino

  • Foto do(a) author(a) Donaldson Gomes
  • Donaldson Gomes

Publicado em 21 de novembro de 2024 às 05:30

Plano de investimentos deve trazer indicação sobre possibilidade de recompra da Refinaria de Mataripe Crédito: Divulgação

Onshore e refino

Tem pelo menos dois pontos no plano de investimentos da Petrobras para os próximos cinco anos que despertam bastante atenção aqui na Bahia. A estatal já confirmou que entre 2025 e 2029 deve aportar US$ 111 bilhões, algo em torno de R$ 640 bilhões, e que a maior parte dos recursos será destinada à exploração e produção de petróleo. Mas tem dois pontos que despertam bastante atenção do mercado de óleo e gás aqui na Bahia. Um deles diz respeito aos investimentos para a abertura de novos poços terrestres (onshore), o que é o forte da Bahia no mercado de petróleo. Quem está a par do assunto garante que a empresa pretende aplicar recursos nisso, só não se sabe o quanto. Em abril deste ano, ela anunciou a licitação para a contratação de quatro sondas para perfurar poçoes nos campos de Araçás, Fazenda Azevedo, Massapê, Taquipe e Fazenda Boa Esperança, entre outros locais. Somente os equipamentos envolveriam mais de R$ 1 bilhão em recursos, estimam especialistas no mercado.

A refinaria

O outro ponto de atenção é justamente a possível operação de recompra da Refinaria de Mataripe, hoje sob o comando da Acelen, do fundo Mubadala. Neste caso, o que se sabe é que existe interesse nos dois lados, porém sem definição ainda em relação ao preço do negócio. O que se diz é que a Petrobras quer comprar por um valor próximo dos US$ 1,8 bilhão da venda, enquanto o Mubadala quer recuperar o que investiu tanto na compra quanto em melhorias na refinaria. Neste caso, é bom ficar atento ao que estará previsto nos investimentos na área de refino.

Estrada complicada

Apenas 250 quilômetros (km), dos mais de 9 mil km que cortam a Bahia estão em condições ótimas, de acordo com a Pesquisa CNT de Rodovias 2024, divulgada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). A maior parte da malha, 3,9 mil km, encontram-se em situação regular, enquanto há outros 2,5 mil km considerados ruins, 2,2 mil km bons e 352 mil km em condições péssimas. Em relação à qualidade do pavimento, são 44,7% em condição regular.

Seca

A Bahia é um dos 19 estados do país em que a situação de seca se agravou entre os meses de setembro e outubro deste ano, segundo a última atualização do Monitor de Secas, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O estado é o quinto em relação à área afetada pelo cenário climático, atrás apenas do Amazonas, Pará, Mato Grosso e Minas Gerais. Essa é a condição mais severa do fenômeno na Bahia desde janeiro deste ano, quando houve seca grave em 21% do estado, segundo o monitor.

Diamante na Chapada

Pela segunda vez, o governo federal vai tentar leiloar áreas de quase 2 mil hectares na Chapada Diamantina, onde pesquisas do Departamento Nacional de Produção Mineral apontam potencial para a produção de diamantes. As cinco áreas estão no distrito de Santo Inácio, em Gentil do Ouro, a 612 quilômetros de Salvador. O leilão está previsto para o próximo dia 27. Além do maior lance, o vencedor terá que arcar com um bônus de assinatura no valor de R$ 50 mil, dois prêmios de oportunidade, de R$ 1,45 milhão e R$ 3,5 milhões, antes da cessão do direito minerário e em até dez dias após a concessão de lavra no Diário Oficial da União, respectivamente. A empresa vencedora terá ainda que arcar com um bônus de produção, de pelo menos 3%, pago trimestralmente. O relatório de pesquisa indica a presença do mineral, mas diz que “o teor médio e a relação estéril/minério identificados não permitem definir a viabilidade econômica de sua explotação". No passado, a região produziu tanto o mineral que ele foi parar no nome de lá.

Parceria

A Tim Brasil e a Eletrobras firmaram uma parceria comercial para criar uma ampla plataforma de negócios, que inclui o estímulo ao uso de energia renovável, transformação digital de ativos de energia por meio do 5G e até soluções de Internet das Coisas (IoT), como smart metering. A primeira iniciativa deve ser a venda de energia elétrica no mercado livre à base de clientes da operadora. Inicialmente voltado para o segmento B2B, o projeto trará economia e uma gestão ainda mais sustentável para esses usuários. O acordo é mais um passo na estratégia da TIM de se unir a grandes marcas para lançar ofertas disruptivas no mercado. A partir dessas sinergias, as empresas deverão se posicionar de forma estratégica no mercado livre de energia elétrica, facilitando o acesso a um maior números de consumidores. A assinatura do MOU ocorre no momento da abertura do mercado livre de energia para todos os consumidores de alta tensão. Só em 2024, cerca de 150 mil novas unidades consumidoras estão aptas a fazerem a migração para o mercado livre e até 2030 serão mais de 80 milhões de unidades consumidoras.