Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

O que as quedas da ponte e da igreja têm em comum?

Apesar da distância geográfica e das diferentes nuances nas tragédias, há um cheiro de impunidade no ar, comum nestes tipos de episódios

  • Foto do(a) author(a) Donaldson Gomes
  • Donaldson Gomes

Publicado em 8 de fevereiro de 2025 às 07:00

A ponte Juscelino Kubitschek, entre Tocantins e o Maranhão, desabou em dezembro Crédito: RS Fotos Públicas

Enquanto a poeira dos escombros da Igreja de São Francisco ainda nem assentou, trago uma pergunta: o que o terrível incidente tem em comum com a queda da ponte na BR-226, no Maranhão? De um lado temos uma obra de infraestrutura fundamental para os deslocamentos de pessoas e a movimentação de cargas. Do outro, um patrimônio de valor histórico, cultural e econômico inestimável. Apesar da distância geográfica e das diferentes nuances nas tragédias, há um cheiro de impunidade no ar, comum nestes tipos de episódios.

Um empresário, sócio de uma grande empresa baiana, me enviou a seguinte observação, em relação ao desmoronamento de parte do teto da igreja: “Note que não há nenhuma preocupação em definir um responsável, ninguém nem toca nesse assunto. Mas se fosse uma propriedade particular, ah meu amigo, já teriam vários presos, pedidos de indenização, responsabilidades civil e penal sendo cobradas”. Ele prossegue no raciocínio: “já se procuraria saber se as centenas de licenças necessárias estão em dia. Mas como é coisa pública, simplesmente não há o que se falar em responsáveis”.

Pontes e igrejas não deveriam simplesmente cair. É lindo o movimento que se inicia para a recuperação da inestimável estrutura no coração do Centro Histórico, entretanto é fundamental pensar em responsabilizar, em todas as esferas cabíveis, as ações, ou a falta delas, que levaram ao chão parte dos seus quase 500 anos de história, além de ceifar a vida de Giulia Panchoni Righetto. Quem vai responder pela morte dela? Alguém se sentará no banco dos réus para ser julgado pelas 14 mortes causadas, mais três desaparecidos, na ponte que desabou sobre o Rio Tocantins? Ouso apostar que não.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do governo federal, o desabamento aconteceu porque o vão central da ponte cedeu. A causa do colapso ainda vai ser investigada, de acordo com o órgão. Alguém precisa avisar ao órgão federal que os sinais da queda eram tão visíveis que Elias Júnior, vereador de Aguiarnópolis, foi lá denunciar as rachaduras e flagrou o colapso da ponte.

Outro ponto em comum entre as duas quedas foram as visitas dos ministros responsáveis. Lá na divisa do Maranhão com Tocantins, Renan Filho, titular da pasta dos Transportes foi vistoriar o local em que a ponte caiu. Por aqui, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, também fez questão de ir até o local.

O problema, vamos reconhecer, é que daqui a pouco a comoção da queda passa. Quer um exemplo? O Centro de Convenções da Bahia, do governo estadual, vai completar 10 anos no chão. Ninguém, ao que se sabe, respondeu ou responde pelo gigantesco esqueleto de aço largado à própria sorte.

Meme da semana

null Crédito: Reprodução Instagram

Esta semana, o consumidor brasileiro foi informado de que ainda vai amargar por mais algum tempo o tradicional café a preços proibitivos. Mesmo sem poder ingerir a cafeína sem praticamente esvaziar os bolsos, a turma não perde o bom humor.

Mais lidas do site dos dias 31 de janeiro a 6 de fevereiro


1ª) Traficantes expulsam moradores do Minha Casa Minha Vida

2ª) Ex-Globo adota nome neutro e se muda para a Chapada dos Veadeiros: 'Não preciso engolir a loucura do mundo'

3ª) Netinho explica ausência no Carnaval de Salvador e critica: “Festa infestada por músicas estranhas”

4ª) “Não é música sagrada, é pop profana de pegação, de Carnaval”, diz o padrinho da Axé Music

5ª) ‘O carnaval é maior que Ivete’, diz Tatau ao defender Claudia Leitte

6ª) Mulherão: Sandy abandona estilo 'fofo' e celebra 42 anos com look deslumbrante

7ª) Tem vaga, mas não para Planserv: veja as emergências de Salvador que não estão atendendo pelo plano

8ª) Claudia Leitte compartilha vídeo com críticas a Ivete, Daniela e Margareth