Ministro aposta em projeto baiano para reindustrializar o Brasil

Senado aprova marco legal para incentivo a produção de hidrogênio verde

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Publicado em 4 de julho de 2024 às 05:00

Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia Crédito: PlayP Brasil/Divulgação

O hidrogênio é nosso

Lembram, ou já ouviram falar, da campanha "O ouro é nosso"? Pois bem, algumas décadas depois estamos diante de algo como "O hidrogênio é nosso". O Senado aprovou ontem o marco legal do hidrogênio verde e agora o projeto vai para a Câmara. Durante passagem aqui pela Bahia, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou o projeto de lei como um caminho para reindustrializar o Brasil. A proposta, do senador baiano Otto Alencar, cria incentivos para estimular a produção de hidrogênio verde e descarbonizar a matriz energética, por meio de um programa chamado Rehidro. O ministro Alexandre Silveira não escondeu o grande entusiasmo em relação à proposta. "Com este marco legal, teremos a oportunidade de manufaturar as energias intermitentes, criando um novo ciclo de crescimento do Brasil", aposta. Para ele, o hidrogênio tem dois grandes potenciais: o de "limpar" ainda mais a matriz energética do país, o que vai representar a abertura de mais mercados, mas também a possibilidade de transportar a energia, na forma de amônia, para qualquer lugar do Brasil.

É para gringo?

A grande questão feita ao ministro sobre o assunto, e que ficou sem uma resposta clara, é que a amônia, não só pode ser levada para qualquer lugar do Brasil, como também do mundo. Trocando em miúdos, teoricamente, o hidrogênio verde produzido no Brasil pode ser transportado para qualquer lugar do planeta e usado para descarbonizar a economia de qualquer país do mundo. Silveira diz que este risco não existe porque "as políticas públicas do governo valorizam o conteúdo local" e que a atual gestão "reverteu um ciclo de entreguismo". Pela proposta, apenas empresas brasileiras e sediadas no Brasil poderão receber os incentivos para produzir e os senadores derrubaram um destaque que favoreceria a exportação. Mas ainda assim os desafios tecnológicos e financeiros continuam a ser gigantescos.

Fator cevada

Com o detalhamento das mudanças trazidas pela Reforma Tributária, começou o estica e puxa de interesses. As cervejarias brasileiras, através do Sindicerv, sindicato nacional que representa a atividade, defende que a tributação pelo álcool se dê de acordo com a quantidade do produto nas bebidas. Não querem pagar a mesma alíquota que os produtores das chamadas bebidas quentes, como prevê o novo marco legal. “Esse é o modelo padrão em vários países, recomendado por todos os órgãos de saúde. Eventual criação de um modelo inusitado, cobrando impostos iguais para bebidas diferentes, terá impactos pesados e diretos na saúde pública”, destaca Márcio Maciel, presidente executivo do sindicato. A Bahia possui atualmente 17 cervejarias, que fabricam 404 marcas. Nacionalmente, a atividade emprega 2,5 milhões de pessoas, paga R$ 27 bilhões em salários e outros R$ 50 bilhões em impostos – maior carga da América Latina, de acordo com o sindicato.

Feirão de imóveis

As imobiliárias Ello Imóveis e Affonso Henriques Imobiliária vão realizar o Feirão de Imóveis Financiamento Fácil, de 25 a 28 de julho, no Shopping Paralela. As duas imobiliárias oferecerão mais de 2 mil imóveis, com preços entre R$ 200 mil e R$ 800 mil, em diversos bairros. Segundo o Índice FipeZAP, em abril deste ano, os preços de imóveis na capital baiana apresentaram um aumento de 0,71%, refletindo uma leve desaceleração em relação ao mês anterior, quando o aumento foi de 1,26%.

Óleo & Gás

A indústria brasileira do petróleo se prepara para desembarcar em Aracaju, entre 24 e 26 de julho, para a Sergipe Oil & Gas 2024 (SOG), no Centro de Convenções AM Malls. Este ano, o evento contará com 60 estandes, arenas de inovação, ESG e comercial.

Agrofloresta

A Rede Baiana de Agrofloresta (RBA) realiza, nos dias 6 e 7 de julho, no Colégio Roberto Santos, em Poções, a primeira edição do Seminário Estadual de Agrofloresta.