Mineração baiana fatura R$ 2,4 bilhões no terceiro trimestre

Atividade sustentou balança comercial do país no período, contribuindo com 50% do saldo das operações externas

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  • Donaldson Gomes

Publicado em 17 de outubro de 2024 às 08:18

Bahia deve receber 16% dos novos investimentos na atividade Crédito: Divulgação

Bendita mineração

A mineração brasileira alcançou um saldo comercial de US$ 8,74 bilhões – valor equivalente a 50% da diferença entre todas as exportações e importações do país. Para o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, o resultado contribuiu para amenizar a queda do saldo da balança comercial”, que foi de -35%, caindo de US$ 26,99 bilhões para US$ 17,51 bilhões entre o 3T23 e o 3T24. Com mais de 221 mil empregos diretos (e mais de 2 milhões indiretos), o setor mineral gerou 8.786 novas vagas entre janeiro e agosto de 2024. Com um faturamento de R$ 2,4 bilhões no terceiro trimestre, a Bahia encerrou o período como o quarto estado minerador do país.

Preocupação

O presidente do Ibram acredita que o resultado da indústria da mineração reflete diretamente no desempenho da economia brasileira. Para ele, se a mineração tiver segurança jurídica, previsibilidade com estabilidade de regras e menos custos, vai responder com relevantes contribuições para dinamizar os indicadores econômicos. Ele fez referência à discussão no Senado Federal sobre a regulamentação da reforma tributária, que poderá forçar a mineração a recolher o imposto seletivo, um custo extra para a atividade. Como o setor já recolhe uma compensação pelos seus impactos, o temor é que a atividade perca competitividade internacional graças ao tributo é direcionado apenas a bens que podem causar problemas à saúde ou à vida, como bebidas, cigarros, armas, entre outros. “Os minérios não são produtos que se encaixam nesta relação, eles são de utilidade pública, são matérias-primas para todas as indústrias e fundamentais para o agronegócio e para a transição energética, portanto, não podem estar sujeitos ao imposto seletivo” afirma Raul Jungmann.

Novos investimentos

Em relação a investimentos previstos no setor, a Bahia aparece na terceira colocação, com a expectativa de receber US$ 9 bilhões nos próximos anos, o que representa 16% dos US$ 64,5 bilhões que estão previstos para acontecer até 2028. Um dos investimentos que deve entrar nestas contas em breve é o de um projeto para a produção de minério de ferro em Urandi, no Centro Sul da Bahia. Um grupo inglês está buscando alternativas para movimentar 4 milhões de toneladas de minério por ano. Os investidores já conversaram com representantes da VLI, mas sonham mesmo é com a Fiol.

No clima de Natal

O Shopping Bela Vista preparou para o Natal, data mais importante do ano para o varejo, uma experiência imersiva, com a atração internacional Balloon Experience pela primeira vez na Bahia, e de forma pioneira no Brasil na temática personalizada para o Natal. A campanha, com um investimento total acima dos R$ 3 milhões, começa no dia 3 de novembro com o espetáculo de chegada do Papai Noel. A novidade, que inclui uma piscina gigante com mais de 130 mil bolinhas e 5 mil balões, é apenas um dos elementos que irão compor a decoração. Já para a campanha solidária, o Bela Vista reafirma sua parceria com as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) que, em 2024, completa 10 anos, sempre lançando sabores inéditos de panetones Dulce Sabor para os clientes do Bela. Para a ação social, o empreendimento realizou o investimento de mais de 15 mil panetones exclusivos. A partir da inauguração do Natal, é esperado um incremento de 10% no fluxo de visitantes e de 8% nas vendas, que devem viabilizar a geração de mais de 500 empregos. “O Bela Vista é referência na capital baiana quando o assunto é oferecer experiências para seus clientes”, afirma a gerente de marketing do shopping, Juliana Brandão.

Nicho de mercado

O mercado corporativo é a aposta das agências de viagens desde que a digitalização da economia colocou em cheque a atividade, principalmente após a pandemia de covid. O ex-secretário de Turismo, José Alves, atualmente diretor da Plus Turismo, diz que, ao contrário do mercado de lazer, cada vez mais difícil, há uma demanda enorme entre os que viajam a negócios e, aqui na Bahia especialmente, entre os grandes grupos musicais, que levam a Axé Music pelo Brasil o ano inteiro.

Presença confirmada

O CEO da Bravo Company, Eduardo Muñoz, integrará o painel que discutirá os desafios do setor industrial na Bahia, no primeiro dia de programação do Summit de Negócios Made in Bahia, nos dias 30 e 31 de outubro, no Armazém Convention, em Lauro de Freitas.