Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Donaldson Gomes
Publicado em 29 de fevereiro de 2024 às 05:00
Já tem data
A CS Portos, do Grupo Simpar, vai apresentar durante a 28ª edição da Intermodal South America 2024 – evento que reúne a cadeia de transporte de carga, logística, intralogística & armazenagem e comércio exterior – as ações de modernização de infraestrutura que foram aplicadas nos últimos anos nos terminais portuários do Porto de Aratu. A empresa vai dizer ao mercado que o terminal ATU12 estará pronto para operar com capacidade total até novembro deste ano e que o terminal ATU18, até abril de 2025. Com uma previsão de investimentos de mais de R$ 800 milhões nos 3 primeiros anos de operação, a CS Portos entende que os terminais irão aumentar sua produtividade com uma carga e descarga comparáveis aos melhores portos do mundo, saindo dos atuais 300 toneladas por hora para 2.000 tons/hora. Em relação a capacidade de movimentação, estima-se um salto de 2 milhões por ano para 12,5 milhões anuais.
Grãos e minério
A empresa espera ser capaz de impulsionar operações logística de granéis minerais, o escoamento do agronegócio, transformando Aratu numa nova porta de saída para as exportações de soja e milho. “Os investimentos que estão sendo realizados resultam em mais oportunidades de negócios para as empresas que operam no porto, impacto significativo na economia do estado, além da criação de novos postos de trabalho para comunidade”, explica Marcos Tourinho, diretor presidente da CS Porto Aratu. Os terminais administrados pela companhia passam por uma ampla modernização, com equipamentos de última geração, possibilitando o acesso de navios de até 120.000 DWT e áreas de estocagem de 520 mil toneladas no terminal ATU12 entre armazéns e pátio e 90 mil toneladas no terminal ATU18. Todas essas mudanças possibilitarão uma movimentação de 20 mil a 30 mil toneladas por dia, levando ao terminal portuário a excelência operacional e uma alta produtividade.
Titânio de Maracás
A Largo Vanádio de Maracás projeta uma produção de 83 mil toneladas de ilmenita em 2024, matéria prima para a produção de pigmento de titânio. O novo produto do portfólio vai representar cerca de 10% da receita da companhia, estima a empresa. “A diversificação para a Ilmenita foi uma escolha estratégica com importantes vantagens competitivas, por exemplo, uma fonte de receita diferente da atual, o Vanádio”, explica o COO da Largo, Célio Pereira. “O Brasil, hoje, importa 2/3 de sua demanda de pigmentos, tornando a Largo um produtor nacional e com vantagens para suprir a demanda local”, avalia. A Ilmenita será comercializada para produção de pigmentos que atende o mercado de tintas em geral, para construção civil, plásticos e indústria automobilística. O executivo ressalta, ainda, um importante diferencial. “Nossa Ilmenita é produzida a partir de um rejeito, que já é lavrado e cominuído para a produção do Vanádio, gerando uma grande vantagem competitiva em termos de custo de produção”, completa. A Largo iniciou a produção de ilmenita em agosto de 2023 e o total da produção do ano foi de 10.020 toneladas. Somente no quarto trimestre foram produzidas 8.970 toneladas. A produção de Ilmenita foi de 814 toneladas em outubro, 2.546 toneladas em novembro e 5.610 toneladas em dezembro.
Sustentabilidade e inovação
Além de ter um novo produto no portfólio, a empresa vai reduzir em 8% a produção de rejeitos na planta de vanádio, em Maracás, tornando a companhia ainda mais sustentável. Isto porque, da maneira como era retirada do processo até 2023, a ilmenita não tinha valor comercial pois encontrava-se em baixas concentrações e agregada a outros minerais de sílica e ferro e, por isso, era disposta em bacias de rejeitos. Para o projeto de produção de ilmenita, a Largo aportou investimentos da ordem de R$ 186,5 milhões em pesquisa, desenvolvimento e construção da planta. Atualmente, na produção de vanádio, a maior parte da ilmenita é segregada da magnetita num processo conhecido como separação magnética. Os estudos conduzidos pela Largo nos últimos cinco anos resultaram no desenvolvimento de uma rota de concentração e produção de ilmenita que pode ser usada para depósitos rochosos. Esta rota utiliza a tecnologia de flotação, que apesar de ser bem conhecida em outras indústrias, como as de produção de minério de ferro, ouro, níquel e talco, é pouco utilizada na produção de ilmenita.
Falando em mineração...
Por falar em mineração, a atividade está entre os destaques baianos no monitor de investimentos do Observatório Nacional da Indústria, mantido pela CNI. Entre os maiores projetos anunciados de junho do ano passado para cá, estão o já conhecido da Bamin, no trecho 1 da Fiol, e uma operação da Volkswagen e da Stellantis, de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 2,4 bilhões na Bahia), para a aquisição de duas minas, de Cobre em Alagoas e de sulfeto de níquel, em Itagibá, no Sul do estado. Neste caso, os dois grupos automotivos se uniram na estratégia de verticalização da produção de baterias para veículos elétricos.
Reforço no sistema
O sistema de distribuição de energia da Bahia recebeu R$ 2,4 bilhões de investimento da Neoenergia Coelba ao longo de 2023. Ao longo do ano, a distribuidora realizou aproximadamente 22 mil obras de ampliação e manutenção da rede elétrica, com mais de 205 mil novas ligações e a implantação de centenas de novas estruturas e equipamentos. A empresa reforçou sua operação com a criação de estrutura dedicada à realização de obras e revisou processos para proporcionar maior eficiência operacional e satisfação do cliente. Em 2023, duas novas subestações foram construídas em Olindina e Apuarena, e mais 11 subestações foram ampliadas. Além disso, fez mais de 202 km de novas linhas de subtransmissão em todo o estado.
Indicadores
Os investimentos realizados pela Neoenergia Coelba resultaram na melhoria dos indicadores que avaliam a qualidade do fornecimento de energia O índice que afere a duração média de tempo que cada consumidor ficou sem energia elétrica foi de 10,7 horas em 2023. Já o índice que mede o número médio de vezes que cada consumidor teve interrupções, foi de 4,98 vezes. Ambos os resultados foram os melhores em toda sua série histórica e abaixo dos níveis exigidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Além da expansão com esses novos ativos, a Neoenergia Coelba mantém um plano de robusto de manutenção, com mais de 80 mil quilômetros de rede elétrica inspecionada e melhorada na Bahia. Ainda como medida preventiva, a Neoenergia Coelba executou cerca de 235 mil podas.
Luz para Todos
O trabalho realizado pela Neoenergia Coelba também teve impacto direto na universalização do fornecimento de energia para as comunidades baianas. Atualmente, no Programa Luz para Todos, a Neoenergia Coelba realiza a gestão do maior programa de eletrificação rural do país, com investimento acumulado de cerca de R$ 7,7 bilhões, com participação financeira da distribuidora e dos governos Federal e Estadual, atingindo a marca de 713 mil ligações.
Baiana gringa
Com investimento de quase US$ 1 milhão, a baiana Tidelli abriu a sua primeira loja exclusiva em Miami, numa área de 550 metros quadrados, no Miami Design District. O espaço vai funcionar como loja galeria para a exposição de produtos da marca e mostras de arte brasileira. Apresentando a coleção Organika, a mesma à venda no Brasil chega à cidade como parte de um plano de expansão no mercado americano, onde já possui lojas em Newport Coast, Los Angeles, Orlando e em breve Palm Desert. Pioneira no uso da fibra sintética para móveis externos, a empresa, que atualmente fatura R$ 100 milhões por ano, cresceu estabelecendo padrões do setor no Brasil e no mundo, como é o caso do uso de cordas náuticas. Com um modelo de negócios verticalizado, mais de 500 funcionários e um parque industrial de 16 mil m2, em Salvador, a empresa produz praticamente tudo aquilo que necessita, promove economia circular e mantém o controle de todo o processo.