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Donaldson Gomes
Publicado em 18 de abril de 2024 às 05:00
Fundo do poço >
O nível de ociosidade das unidades de fabricação de produtos químicos no Brasil atingiu o maior percentual nos últimos 30 anos no primeiro bimestre deste ano. De acordo com os dados da amostra do Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC), o setor químico operou com 64% da sua capacidade instalada - dois pontos percentuais abaixo da média do mesmo período de 2023 (66%). Parte destes produtos são fabricados por empresas que operam na Bahia. Dentre os grupos de produtos químicos de uso industrial, destaque para as ociosidades de: intermediários para fertilizantes (39%), intermediários para plásticos (40%), intermediários para fibras sintéticas (79%) e intermediários para plastificantes (60%). Segundo Fátima Giovanna Coviello Ferreira, diretora de Economia e Estatística da Abiquim, a entidade vem apontando, há algum tempo, para os riscos de se operar a tão baixa carga no setor, sobretudo por conta dos resultados de produtividade e de eficiência que desestimulam a continuidade da produção. “Infelizmente, algumas empresas paralisaram atividade para manutenções preventivas e outras já falam em hibernar plantas, tornando o risco uma realidade”, alerta.>
Por outro lado…>
As importações, em volume, por sua vez, cresceram expressivos 6,3% nos dois primeiros meses de 2024, em relação ao 1º bimestre de 2023; enquanto as exportações apresentaram queda de 1,04%, confirmando a dificuldade do setor, que não está conseguindo competir com a agressividade do importado e nem tampouco buscar alternativas no mercado externo. O problema é que a matéria-prima que vem de fora não gera empregos, nem renda por aqui. >
Outro caminho>
Com mais de 45 anos de história, a Abaeté Linhas Aéreas está empenhada em consolidar a presença na Bahia, reforçando seu comprometimento com a aviação regional. Para alcançar esse objetivo, a empresa deu início a um processo de reestruturação, que já resultou no aumento de 65% da equipe, transporte de mais de 15 mil passageiros e a abertura de novos destinos – a exemplo dos voos diretos de Salvador para Boipeba, ilha do município de Cairu. Além disso, a companhia contratou novos sistemas e a recertificação ISSA. Héctor Hamada, CEO da Abaeté, destaca a enorme demanda como uma oportunidade, mas lamenta que os investimentos em fomento sejam direcionados, quase sempre, para linhas domésticas e internacionais.>
Cluster>
Os planos de criação de um cluster dedicado ao desenvolvimento da Economia do Mar estão avançando. Na última terça-feira, o 2º Distrito Naval e a Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), vinculada ao Ministério da Defesa, promoveram uma reunião na sede da Codeba, coordenada pelo presidente da empresa, Antonio Gobbo e o comandante do 2º Distrito Naval, Vice-Almirante Antonio Carlos Cambra. Além da infraestrutura portuária, transporte marítimo, segurança e defesa, a economia do mar reúne outras atividades, como a produção de petróleo e gás offshore, a indústria naval, e o turismo náutico e costeiro. E a Bahia é o estado com a maior área costeira do país, com 1,1 mil quilômetros, possui a segunda maior baía do mundo, e a maior do país, a Baía de Todos os Santos (BTS), demostrando assim todo o potencial econômico do estado nesse setor.>
Excelência>
Feira de Santana vai receber Centro de Excelência em Zootecnia com capacidade para receber cerca de mil alunos por ano. As obras foram iniciadas na última terça-feira (15), após a cerimônia de lançamento da pedra fundamental, pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Serviço de Aprendizado Rural (Senar). Orçado em R$ 25 milhões, as obras devem durar aproximadamente um ano e meio. Além do curso de Zootecnia, a unidade vai ofertar os cursos técnicos Agrícola e em Agronegócio. O objetivo é capacitar mão de obra para o mercado da região com vocação para a pecuária.>