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Donaldson Gomes
Publicado em 26 de novembro de 2024 às 12:44
Entre 15 setores da economia brasileira acompanhados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, a indústria automotiva foi a que mais ampliou seu consumo de energia em outubro, com alta de 10% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em seguida, ficaram os ramos de manufaturados diversos (9,2%) e saneamento (7,2%). Apenas duas áreas tiveram queda: telecomunicações (-2,4%) e químicos (-4,0%).
A CCEE acompanha em tempo real no comportamento do setor com a finalidade de fornecer indicadores econômicos para a sociedade e autoridades do setor, além de contribuir para o planejamento do mercado.
Neste período, o Brasil consumiu 2,1% mais energia elétrica em relação ao mesmo mês do ano passado, alcançando os 71.613 MW médios. Quase 60% do total foi direcionado para os consumidores do mercado regulado, que compram energia das distribuidoras locais. Houve um crescimento de 1,2% no comparativo anual, puxado principalmente por temperaturas acima da média em boa parte do país, especialmente nas regiões Norte, Sudeste e Sul. Esse cenário intensifica o uso de equipamentos como ar-condicionado e ventiladores.
O restante foi adquirido pelos consumidores que estão no mercado livre, ambiente que permite a escolha do fornecedor de eletricidade e a negociação de condições de contratos. O volume representa um avanço de 3,5% frente a igual período do ano passado, influenciado tanto pelo bom desempenho econômico de quase todos os ramos de atividade acompanhados pela CCEE quanto pela chegada de novas cargas ao segmento.
Calor
A CCEE também verificou o comportamento dos estados. As temperaturas acima da média nas regiões Norte, Sul, Sudeste e em uma parte do Nordeste, combinadas com a boa performance do mercado livre, elevaram o consumo nacional, com destaque para o Maranhão, que registrou a maior taxa (10,5%), seguido por Santa Catarina (9,3%) e Amazonas (5%).
Já o consumo menor, influenciado por um baixo volume de chuvas e temperaturas mais amenas, foi registrado principalmente na região central do país e em parte do Norte, com destaque para Acre (-5,1%), Amapá (-4,4%) e Goiás (-4,1%).