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Ventos positivos soprarão em 2025?

A melhora no mercado de trabalho unida aos preços mais estáveis gerou maior poder de compra para as famílias baianas

Publicado em 31 de dezembro de 2024 às 11:16

No início deste ano, o cenário do comércio da Bahia ainda era de muita incerteza. As chuvas no Sul do País causaram aumento significativo nos preços dos alimentos na virada do ano, repercutindo no bolso do consumidor. As taxas de desemprego, inadimplência e juros também se mantinham altas.

As expectativas, até então, eram de uma economia com alguma tração no futuro próximo, em que o comércio ainda demoraria a reagir, com variações mais modestas. O processo, no entanto, foi mais rápido do que se imaginava. E o principal fator estava na inflação que, a partir do segundo trimestre, manteve-se controlada, inclusive com deflação no principal grupo de consumo das famílias: alimentos e bebidas.

Assim, a melhora no mercado de trabalho unida aos preços mais estáveis gerou maior poder de compra para as famílias baianas. Tanto que, no segundo trimestre, registrou-se um recorde da massa de rendimentos, que são os recursos disponíveis para os trabalhadores. Além de quitarem dívidas, reduzindo as taxas de inadimplência, as famílias seguiram de maneira mais firme para as compras no varejo.

Os dados da Fecomércio BA – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo mostram claramente essa aceleração. Nos três primeiros meses do ano, o faturamento do varejo cresceu 4,5% e passou para 9,2%, entre abril e junho, e manteve um patamar elevado de 6,6% no terceiro trimestre. Quase todos os setores varejistas cresceram ao longo desses períodos, principalmente os setores básicos, supermercados e farmácias, em que as famílias concentram os seus gastos imediatamente após a melhoria da renda.

Chamou atenção ao longo do ano a expansão nas vendas de veículos, cujos preços chegaram a subir 21,1%, em abril, e 18,4%, em julho. Mesmo com os juros altos, o desempenho foi favorável.

As condições dos consumidores seguiram melhorando até o final deste ano, com mais emprego, renda e crédito. E esse vento favorável continuará soprando em 2025, mesmo diante do ciclo de alta da taxa de juros? Muito provavelmente! As condições que contribuíram para o crescimento do comércio devem permanecer até a metade de 2025. Isso porque o efeito da elevação de juros é de médio e longo prazos. É como uma mudança de rumo de um navio cargueiro, em que é difícil realizar manobras bruscas.

Com a taxa de desemprego e inadimplência ainda baixos, inflação ao redor de 4,5% e o crédito ainda facilitado, acreditamos que o varejo continuará registrando variações positivas.

A princípio, enxergamos um horizonte otimista para o comércio em 2025. Porém, é importante que os empresários se mantenham alertas às questões ligadas à Reforma Tributária, equilíbrio fiscal e conflitos globais, temas que interferem na dinâmica de preços, taxa de juros e, por consequência, no consumo das famílias.

Kelsor Fernandes, presidente do Sistema Comércio BA