Acesse sua conta

Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Recuperar senha

Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Dados não encontrados!

Você ainda não é nosso assinante!

Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *

ASSINE

Portos modernos tornam Bahia competitiva

É essencial que ocorram os investimentos para que o setor portuário continue cumprindo seu papel

Publicado em 7 de janeiro de 2025 às 16:42

Quando as caravelas de Pedro Álvares Cabral chegaram à Bahia, em 22 de abril de 1500, tocando pela primeira vez em uma terra que viria a ser chamada de Brasil, inauguraram o primeiro porto nacional, ainda que improvisado. Passados 524 anos, os portos baianos continuam impulsionando parte importante da economia nacional em um estado que, segundo dados do IBGE, representa 4% do PIB.

No ano passado, as unidades portuárias públicas da Bahia – portos de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus - movimentaram 12,7 milhões de toneladas de cargas, o que representa a segunda maior movimentação da história da CODEBA - Companhia das Docas do Estado da Bahia. Já os terminais portuários de uso privado (TUPs) movimentaram 29,9 milhões de toneladas em 2023, mesmo nível de 2022. 

De acordo com a CODEBA, o resultado do primeiro semestre de 2024 manteve a alta expectativa de movimentação anual. A Autoridade Portuária registrou um aumento significativo na movimentação de cargas em seus portos no acumulado do ano, até junho de 2024, comparado ao mesmo período de 2023. Nos primeiros seis meses de 2024, os portos de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus movimentaram 6,7 milhões de toneladas, um aumento de 9,79% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado representa um novo recorde semestral, superando o recorde anterior de 2021 de seis milhões de toneladas.

A atual estrutura portuária brasileira – especialmente a baiana – é perfeitamente condizente com as projeções de crescimento do PIB nacional. Mas o Brasil quer crescer mais e de forma consistente. Foi esse o recado dado na reunião do G20 no Rio de Janeiro, quando mostramos a disposição do país de se reposicionar no cenário internacional como parceiro confiável e aberto a novos investimentos.

E não há como assumir um maior protagonismo global sem portos à altura dos novos desafios. O Brasil tem, atualmente, uma participação tímida de apenas 2% no comércio internacional. Mas podemos aumentar esse percentual. Um estudo encomendado pela Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) junto à Tendências Consultoria mostra que a movimentação de cargas totais de embarques deve ocorrer a uma taxa média de 5,7% a.a. entre 2025 e 2034, enquanto as projeções para a movimentação de cargas totais de desembarques crescerão a uma taxa média de 3,6% ao ano. Ambas são superiores às estimativas de 3% ao ano no cenário base de referência.

Mas é essencial que ocorram os investimentos para que o setor portuário continue cumprindo seu papel. A regra é clara e não nos deixa margem para dúvidas: precisamos reduzir os gargalos de infraestrutura logística para nos tornarmos ainda mais competitivos.

Jesualdo Silva é presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP)