Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Publicado em 22 de janeiro de 2025 às 02:00
A Carta de Belgrado de 1975 instituiu o Dia Mundial da Educação Ambiental (26 de janeiro), em um movimento da Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientizar a população a buscar estruturalmente um futuro mais sustentável. O marco tem uma relação direta com a atual situação do plástico, seus benefícios para a sociedade moderna e preocupações causadas pelo descarte incorreto de seus resíduos.
Após 50 anos, a ONU segue atuando para resolver antigas e novas questões ambientais. Em março de 2022, os 193 países membros da organização concordaram em negociar o Acordo Global dos Plásticos. Assim como o Acordo de Paris, que endereça o impacto das mudanças climáticas, o Acordo dos Plásticos reconhece a necessidade de um tratado mundial para eliminar a poluição causada por resíduos plásticos. O destaque está no objetivo de se criar um instrumento que implica em responsabilidade efetiva para os países implementarem as medidas futuramente acordadas.
Apesar de ainda em negociação (há uma expectativa de concluí-lo já esse ano), o Acordo pode proporcionar a criação de diversas oportunidades, tanto do ponto de vista econômico, incentivando uma economia verdadeiramente circular dos plásticos, como social, reconhecendo a importância da transição justa. Mas, essa também é uma oportunidade de estimular uma nova forma de uso e consumo do plástico, por meio de conscientização, pesquisa e educação.
Nessa jornada de transformação de um futuro mais sustentável na cadeia do plástico, é importante destacar que cada elo possui um papel fundamental: catadores, cooperativas, indústria, ONGs, academia, instituições financeiras, recicladores, governo e consumidores. Nesse sentido, cabe, em especial à indústria, impulsionar a inovação e desenvolver produtos com design circular em seu núcleo, além de estimular a colaboração com as partes interessadas em toda a cadeia de valor.
Como exemplo, a Braskem, além de ter aderido à sustentabilidade em seu modelo de negócio, também incentiva a economia circular nas comunidades próximas às suas operações, apoiando projetos que visam estimular a educação ambiental. Uma dessas iniciativas é a Oficina de Educação Ambiental que promove a importância da reciclagem para crianças e jovens. Em 2024, mais de 1,8 mil estudantes de Salvador, Camaçari e Candeias foram beneficiados.
Já o Plastitroque, programa que estimula a troca de resíduos plásticos por alimentos e itens de higiene e limpeza, associa consciência ambiental e economia circular. No ano passado, a iniciativa recolheu 3,3 toneladas de resíduos plásticos na Bahia, entregues a cooperativas de reciclagem.
Esses são apenas dois exemplos das transformações que um elo da cadeia é capaz de promover, mas apenas com esforços conjuntos será possível construir verdadeiramente um futuro mais sustentável e circular.
João Vitor Vicente, coordenador de Relações Institucionais e Global Advocacy da Braskem