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Influenciador Fernando Campos ensina como viver o Carnaval mesmo sem enxergar: ‘A festa da diversidade’

Fernando se declarou pela folia na capital baiana

  • Foto do(a) author(a) Marina Branco
  • Marina Branco

Publicado em 3 de março de 2025 às 20:46

Desde 2012 o influenciador Fernando Campos marca presença na folia baiana
Desde 2012 o influenciador Fernando Campos marca presença na folia baiana Crédito: Marina Branco

Carnaval é uma festa de sentir, seja como for. A prova viva disso é Fernando Campos, escritor e influenciador que está curtindo seu sexto Carnaval de Salvador em 2025.

Cego desde os dois anos de idade, ele vai ao Carnaval no camarote ou na pipoca desde 2012, quando se apaixonou pela festa. “Eu tenho uma conexão com a Bahia desde sempre. As cores, os batuques… é uma coisa que toma meu corpo, realmente”, conta.

O que mais o apaixona é a música soteropolitana, tornando sua presença indiscutível na comemoração dos 40 anos do Axé Music. “Sou apaixonado por Ivete e por tudo que compreende o Axé Music, então neste ano especial eu não podia deixar de estar aqui”, garante.

Para ele, o brilho do Carnaval mora justamente na Bahia, nos circuitos de Salvador. “Enquanto eu tiver vida e disposição, o meu Carnaval é o de Salvador. Quando o trio passa, sempre vem aquele impacto, aquela reação que é quase uma catarse. É uma coisa muito impressionante que a gente vive aqui”, se declara.

A Bahia em Fernando

Nascido no Rio Grande do Norte, Fernando sempre teve uma conexão a mais com a Bahia. Em seus livros, estão presentes prefácios de Carlinhos Brown e Ivete Sangalo, ídolos da música baiana e do Axé Music.

“Todos eles, Carlinhos, Ivete, Saulo, Claudinha… todos me deixam impactado. Eu amo o Carnaval”, afirma.

Nas redes sociais, Fernando vive mais a Bahia “raiz” do que muito baiano. Em vídeos dando dicas de como curtir até pipoca sendo deficiente visual, ele encanta seus seguidores com o carisma e a animação para viver o Carnaval.

“Meus seguidores, quem me acompanha, já sabe que no Carnaval eu vou estar fazendo confusão do bem na rua (risos)”, conta.

Mas, para ele, todo jeito de viver a festa é válido: “Tudo tem seu valor (pipoca e camarote). A pipoca é muito gostosa, eu amo a da Timbalada”, relata.

“Lá no meio, sempre tem um pessoal me encontrando e falando sobre os vídeos. Uma das melhores coisas é receber esse carinho de perto”, continua.

“Já o camarote é essa festa deliciosa que também permite que a gente acompanhe vários artistas passando, e é uma delícia! Eu gosto de tudo”, finaliza.

Um Carnaval focado nos sons

Além de curtir a festa, Fernando faz questão de “bater ponto” no Carnaval para promover a inclusão e provar que é possível para qualquer um curtir a festa a fundo.

Na pipoca, vêm as táticas para não se perder do grupo: prender um elástico no próprio braço e na pessoa com quem está, e caso se perca, erguer a bengala bem alto para que a pessoa olhe para cima e o encontre.

Mas para aproveitar, não tem mistério. O Carnaval é a festa da música, e ela envolve Fernando por completo.

“A música é muito mais ouvir e sentir do que ver. Ela comunica com todo mundo. Quando Ivete passa, quando Daniela passa, depois eu até pergunto como elas estavam vestidas, para alguém me descrever e eu ficar sabendo”, comenta.

“A paixão é igual para todo mundo. O Carnaval é a festa da diversidade, e precisa cada vez mais abraçar e incluir essa diversidade”, continua.

“Nós somos diversos, graças a Deus. Eu falo no prefácio do meu livro que ser diferente é normal, saudável e bonito, e é exatamente isso. Nós temos que celebrar essa diferença, e o Carnaval faz isso”, opina.

Sobre o impacto da sua presença e trabalho, para ele é muito claro: “Acho que passa muito pela consciência das pessoas. Ver um folião cego no meio da multidão destrava muitos estigmas, muitos estereótipos que as pessoas criam”.

“Quando eu faço um vídeo na pipoca e posto nas redes sociais, abre muitas mentes, muitas portas. Vou todos os dias no Carnaval, e em todos convido a verem minhas peripécias pela festa”, finaliza.

O projeto Correio Folia é uma realização do jornal Correio com apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador