Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Gilberto Barbosa
Publicado em 22 de fevereiro de 2025 às 17:21
As fanfarras, charangas e blocos de mascarados deram o tom da tarde no Circuito Orlando Tapajós (Ondina/Barra). Realizada neste sábado (22), a nona edição do Fuzuê contou com 44 atrações que desfilaram sem cordas entre o Clube Espanhol, em Ondina, até o Farol da Barra.>
O desfile foi aberto pelo Bloco Afro Manganga Capoeira, capitaneado por Tonho Matéria. Com cerca de 180 integrantes, entre crianças e adultos, o bloco levou a tradição da capoeira para Pré-Carnaval soteropolitano. "A cultura está viva e nada mais justo que a gente participe desse movimento. Capoeira é vida, é esporte, é lazer, saúde e resistência. O desfile está sendo ótimo, tudo está correndo muito bem", diz o coordenador Leandro Teles.>
Quem acompanhou de perto a passagem das atrações foi o casal formado pela professora Helenilda Sampaio, 58 anos, e pelo funcionário público José Sampaio, 62. Para eles, a importância do evento se traduz na valorização dos blocos tradicionais na folia momesca.>
"Nós viemos sempre, é um evento muito bom, animado e que fortalece a cultura. É muito importante a participação das pessoas, porque anima para a abertura do Carnaval e dá uma oportunidade para a juventude mostrar seus talentos. O Carnaval tem que ter espaço para todo mundo e essa é uma oportunidade para isso", exalta Helenilda.>
"É uma das partes mais animadas do Carnaval. É um evento tranquilo, que dá pra vir sem muita agonia, tem facilidade para estacionar, se divertir e prestigiar a música da nossa terra", completa José.>
O vitrinista André Fernandes, 42, é presença garantida no Fuzuê. Ele conta que se planeja todos os anos para fazer parte da festa, que ele define como um "balé de cultura".>
"A Bahia é um berço de culturas e nada como ter um dia totalmente dedicado a isso. A cultura local merece essa valorização. Está sendo um dia muito bacana e eu acho que o pessoal também está aproveitando bastante", afirma.>
O Fuzuê contou com a apresentação de grupos da capital e do interior do estado. Um deles foi o bloco de mascarados Maralegria, natural de Maragogipe, no Recôncavo Baiano e que participa pela sexta vez do pré-carnaval de Salvador.>
"A gente sempre busca trazer a alegria do carnaval cultural, do carnaval do Recôncavo para Salvador. É importante nos mantermos no Carnaval porque sempre há espaço para esse tipo de carnaval, a folia tradicional, dos mascarados e das caretas", fala o coordenador do grupo Raí Lordelo.>
O projeto Correio Folia é uma realização do jornal Correio com apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador.>