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Efeito Baiana: por que a banda faz tremer o chão da praça?

Banda arrastou multidão no primeiro dia do Carnaval de Salvador

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 28 de fevereiro de 2025 às 05:00

Baiana System
BaianaSystem no Campo Grande nesta quinta (27) Crédito: Marina Silva/CORREIO

Uma das bandas mais aguardadas no primeiro dia do Carnaval de Salvador no Circuito Osmar (Campo Grande), BaianaSystem mostrou por que é tão querida pelo público. Nesta quinta-feira (27), uma multidão fez o chão tremer na avenida. Enquanto o público vibrava no chão, em cima do trio, o vocalista Russo Passapusso pedia licença aos moradores e ambulantes para o Navio Pirata passar. O respeito e o clima de pacificidade, aliás, colocam a banda como um dos maiores fenômenos da Bahia dos últimos anos.

“Peço licença principalmente ao ambulantes, que estão aqui trabalhando, e aos moradores”, disse Russo ao passar por trecho após o Teatro Castro Alves (TCA). As pessoas batiam palmas e acenavam a cabeça como sinal de afirmação, como quem diz: “É isso aí, Russo”. A atenção ao lidar com o público é notável, especialmente por quem segue o Navio.

A jovem Ianne Vitória Santos, 20 anos, deixava transparecer o amor pela banda nos olhos. “É uma coisa familiar, que não é de confusão, que valoriza a nossa cultura, uma coisa de união e felicidade”, disse. Para ela, nenhum outro trio supera o Navio Pirata. “É uma energia única, que não há em nenhum bloco, em nenhum trio”, continuou.

O primeiro contato de Ianne com BaianaSystem aconteceu há três anos, por influência do irmão. A mistura da guitarra baiana com o grave do sound system o hipnotizou. Não deu outra: a paixão passou para toda família. “Meu irmão começou a me levar aos shows de Baiana, eu, minha mãe, meu pai, minha sobrinha, todo mundo”, disse.

A mãe de Ianne, Mariluce Cerqueira, 53 anos, acompanhava o desfile com a filha. Para ela, o fenômeno de Baiana consiste no diferencial. “É o que atrai a turma jovem. Não tem confusão, o povo está aqui realmente para curtir”, disse. Ao lado, a filha conta: “É, também, um encontro de gerações.”

“Eu sou da geração que curtia o Carnaval de Dodô e Osmar. Eu conheço tudo isso de Carnaval, Luiz Caldas, Chiclete e, agora, estou curtindo Baiana”, finalizou.

Quem não é de Salvador também percebe que há uma energia diferente quando Baiana System passa. Natural de Natal, capital do Rio Grande do Norte, Micael Delgado, 30, mora em Baltimore, nos Estados Unidos, e conheceu o Carnaval de Salvador nesta quinta-feira (27). "Estou amando. É uma energia diferente. Isso aqui é tudo de bom, muito melhor do que o Carnaval de Natal, muito melhor do que o Carnaval de Olinda. Eu estou apaixonado", disse.

Após desfilar nesta quinta-feira, BaianaSystem retornará ao Campo Grande no sábado (1º) . Assim, a banda encerra as apresentações no Carnaval de Salvador e segue para outras cidades. 

O projeto Correio Folia é uma realização do jornal Correio com apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador.

BaianaSystem por Marina SIlva/CORREIO