O destino de Fabrício Falcão, a arrumação partidária da oposição e sucessão na Câmara

Durante a festa, deputados e vereadores falaram sobre as eleições e a disputa pelo TCM

Destino traçado 

Depois de aproveitar intensamente a folia, especialmente no Camarote Salvador, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Adolfo Menezes (PSD), está agora concentrado em dois assuntos principais: a escolha do novo conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e a PEC da Reeleição. As votações estão previstas para ocorrer em março. Até agora, dois nomes foram apresentados para a vaga no TCM: o deputado estadual Paulo Rangel (PT) e o ex-deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos). Menezes afirmou que a Mesa Diretora da Casa se reunirá em 26 de fevereiro para decidir se o deputado estadual Fabrício Falcão (PCdoB) pode ou não se candidatar à Corte. “Se a maioria decidir, poderá se inscrever”, declarou.

Nas mão dos colegas

Para Fabrício Falcão concorrer ao TCM, será necessário o respaldo da Mesa Diretora, já que até o momento ele não obteve o apoio mínimo de 13 deputados estaduais. No entanto, ele assegura que não desistirá. Durante o carnaval, ele esteve próximo do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que até agora não interveio no processo. O parlamentar comunista afirmou a pessoas próximas que a ausência de formação universitária de Paulo Rangel pode complicar a situação do petista e beneficiá-lo.

Constrangimento

Um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) explicou, reservadamente, à coluna que a falta de diploma universitário não impede Paulo Rangel de se tornar membro do TCM. A Constituição federal prega que um conselheiro precisa demonstrar ter “notórios conhecimento jurídicos, contábeis, econômicos, financeiros ou de administração pública”, mas não exige ter diploma de nível superior. O conselheiro do TCE observou, entretanto, que a situação do petista “constrange e gera polêmica”. O último conselheiro, sem curso universitário, foi Faustino Dias Lima no século passado.

Sucessão na Câmara

O deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil) demonstrou sua força política mais uma vez ao trazer aliados para curtir o Carnaval de Salvador, incluindo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP). O líder progressista aproveitou o bloco "Vumbora", liderado por Bell Marques. Os aliados de Elmar discutiram as chances de ele se tornar o próximo presidente da Câmara. Segundo eles, para que ele seja um candidato viável, é crucial que Lira mantenha uma posição de destaque no pleito, previsto para o início do próximo ano. Na visão dos correligionários, se depender do núcleo petista na Bahia, o parlamentar do União Brasil será excluído da disputa. Eles recordam que esse núcleo foi responsável por vetar a nomeação de Elmar para um ministério.

Em busca do vice

A missão do pré-candidato a prefeito de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), para definir o vice tornou-se árdua. Nos últimos dias, surgiram rumores de que o vereador Silvio Humberto (PSB) poderia ser incluído na chapa. A cúpula socialista disse que o legislador está consultando as suas bases políticos. Dentro do governo, há a percepção de que é improvável que o PSB concorde em renunciar a um mandato de vereador, já que Silvio teria sua reeleição garantida para a Câmara Municipal. O partido tem como objetivo eleger dois vereadores neste ano. Outro nome especulado para a vice foi o da vereadora Maria Marighella (PT). Ao Blog do Vila, a petista afirmou que, embora trabalhe em favor do grupo político, ela está agora “cumprindo uma tarefa importante no governo federal”. Ela é presidente da Funarte (Fundação Nacional de Artes).

Mirando as urnas

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, e o ex-prefeito ACM Neto, ambos do União Brasil, preparam um grande evento na próxima quinta-feira, dia 22, para empossar os novos presidentes de partidos aliados. Francisco Elde vai assumir o PRD, já Igor Dominguez vai comandar o DC. Será o início das arrumações partidárias no grupo político. As duas legendas serão vitaminadas pelo Palácio Thomé de Souza para disputar as eleições deste ano.

Esvaziamento político

Que o circuito Osmar está passando por uma revitalização, após anos de declínio, é inegável. A Avenida está renascendo com grandes atrações. No entanto, as figuras políticas que tradicionalmente ocupavam esse espaço estão comparecendo cada vez menos. No último domingo, um dia geralmente agitado com a presença de deputados, vereadores e secretários, houve uma notável ausência desses representantes. Alguns chegam a afirmar que foi o dia com a menor presença política na história do Carnaval no circuito. Eles têm preferido os camarotes da Barra.

Vácuo de poder

Com o foco do secretário de Relações Institucionais (Serin), Luiz Caetano (PT), totalmente voltado para sua campanha eleitoral para prefeito de Camaçari, a gestão da pasta tem sido deixada de lado. Como não existe vácuo de poder, o chefe de gabinete Adolpho Loyola, e Jonival Lucas, que é o chefe de gabinete da Serin, têm assumido as responsabilidades para preencher as lacunas deixadas. Há especulações, inclusive, de que Loyola possa ser promovido a titular da pasta, e ele não tem rejeitado a possibilidade de aceitar o cargo, caso seja oferecido.

Qualidade questionada

Durante o Carnaval, vereadores de Vitória da Conquista pediram explicações à Embasa sobre a qualidade da água fornecida à população local. Segundo eles, a alteração química tem provocado até interrupções de energia. O problema foi identificado pela Neoenergia Coelba. O requerimento foi assinado pelos vereadores Edivaldo Ferreira Jr., Nelson Vieira Santos, e Josenildo F. Nascimento.

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