Fãs se emocionam com Bell Marques no Carnaval de Salvador

Entre quem corre atrás do trio todos os anos e quem conheceu pela primeira vez, a emoção é a mesma

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  • Elaine Sanoli

Publicado em 14 de fevereiro de 2024 às 07:50

Carisma de Bell Marques arrasta multidões Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

A assistente social Candice Moraes, 43 anos, é ‘bellzeira’ raiz. A sergipana curte o Carnaval de Salvador há mais de 20 anos e, em todos eles, não houve uma ocasião em que ela não tenha corrido atrás do trio do cantor. “Todo ano eu tenho que estar curtindo atrás do trio com Bell Marques. É muita emoção. Eu falo para o pessoal que ir atrás do trio de Bell é uma emoção incomparável, indescritível”.

Emocionada, Candice resgata memórias de todos os momentos em que seguiu o cantor. Mas, apesar de percorrer o Brasil em micaretas para ouvir Bell, é no Carnaval de Salvador que toda a magia dos seus primeiros carnavais se materializa novamente. “Comecei a vir para o Carnaval de Salvador atrás do Camaleão, na época do Campo Grande, aos 16 anos. Devo ter uns 12 anos de Camaleão e depois pulou para o Vumbora; [lembro da] época de ‘Voa, Voa’, são muitas memórias”, enumera, enquanto aguardava com ansiedade a subida do cantor no trio.

Foi também em micaretas que o empresário paulista Rodrigo Bob, 40, percorreu o país. Apesar de ter seguido o axezeiro por cidades como Fortaleza (CE), Vitória (ES) e Florianópolis (SC), em 2024, pela primeira vez, Rodrigo acompanhou o trio de Bell em Salvador. “É uma energia que não tem explicação, só quem aguenta essa loucura aqui para saber a emoção que é e a gente não trocar isso daqui por nada”, diz Rodrigo.

“Aqui não tem tristeza, né?”, comenta a paulista Thais Perez, 34, partilhando do mesmo sentimento que o conterrâno Rodrigo. Questionada sobre desde quando ela acompanha o cantor, Thais brinca: “Desde que eu nasci”.

Pela terceira vez no Carnaval de Salvador, a administradora afirma que parte da emoção que sente durante a passagem do bloco de Bell na avenida vem da energia da cidade: "Carnaval é em Salvador. Aqui você esquece seus problemas, com Bell. Você esquece de tudo, quando você está aqui, você só está aqui”.

Há 34 anos Bell Marques está à frente do Camaleão, que neste ano teve a venda dos abadás para os dois primeiros dias esgotada. Já o ‘Vumbora’ nasceu em 2014, ano marcado pela saída do cantor dos vocais da banda Chiclete com Banana.

“Vamos seguindo Bell sempre, sempre”, afirma a fisioterapeuta Ana Cláudia Magalhães, 48. É o que ela tem feito nos últimos 17 anos, religiosamente vindo de São Paulo para Salvador para seguir o cantor por pelo menos três dias de folia. “Hoje, ‘Vumbora’, amanhã, 'Camaleão’ e terça, Camarote, também [com] Bell, é overdose de Bell”, brinca Ana, que diz ainda não ouvir Bell apenas com os ouvidos, mas com o coração.

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