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Publicado em 16 de janeiro de 2024 às 10:19
O Cortejo Afro colocou as segundas-feiras no calendário de ensaios de verão de Salvador. E, na noite de ontem (15), o bloco afro mostrou, em mais uma edição do evento no Largo da Tieta, porque sempre se mantém na vanguarda.
A noite no Pelourinho foi dos clássicos - o Cortejo deu boas vindas ao público com “Sorriso Negro” - às novidades. Na apresentação, o Cortejo apresentou sua aposta para o Carnaval de Salvador de 2024. “Tá na mente, na cor, no sangue, tá na veia, na batida do tambor. Isso é África”, metaforiza a canção.
A banda, que gosta de investir em releituras, fez de “Piloto”, da rapper Flora Matos, um pagodão eletrônico com ijexá.
A diversidade no palco do “elegantemente sofisticado” se refletiu no público, como de costume. Na plateia, estrangeiros arriscavam passos de dança, ao lado de turistas brasileiros e baianos já mais habituados.
Entre eles, estavam o ex-deputado federal Jean Willys e o músico Carlos Rennó. Gominho, Keka de Oxóssi e Dudu Barros também marcaram presença na festa.
A primeira convidada da noite, Márcia Castro, investiu no clima do carnaval - que, inclusive, homenageará os blocos afro neste ano. Com “Selva Branca”, o público já se sentiu em fevereiro.
Depois dela, foi a vez de Ellen Oléria se apresentar com o grupo. A cantora também escolheu celebrar a Bahia, principalmente a negritude e a diversidade dela. “É D’Oxum”, de Gerônimo, na vez de Ellen, fez relembrar o que só há, de tão bom, na Bahia.
O “mel do melhor” do cortejo (como costuma falar seu criador, Alberto Pitta) está em uma segunda de verão.