Ambulantes que picharem asfalto podem perder licença no Carnaval

Equipes da Prefeitura estão pintando áreas depois que alguns trabalhadores marcaram o local com o nome

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  • Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2024 às 10:23

Ambulantes que picharem asfalto podem perder a licença no próximo Carnaval
Ambulantes que picharem asfalto podem perder a licença no próximo Carnaval Crédito: Divulgação/ Semop

Os vendedores ambulantes que picharem asfalto, calçamento ou qualquer outra estrutura do patrimônio público da cidade poderão ter a licença cassada e serem impedidos de trabalharem no Carnaval.

A Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEMOP) iniciou, na terça-feira (16), uma operação para eliminar as marcações realizadas por ambulantes nos locais designados para o festa, na Barra. A ação visa não apenas à organização dos espaços, mas também à conscientização sobre o crime ambiental e de vandalismo.

O secretário da Semop, Alexandre Tinoco, lembra que a pichação é considerada crime, passível de condução à delegacia e pena de três meses a um ano de prisão, com multa. Além de não garantir que o ambulante que for pego praticando o vandalismo vai ficar no ponto marcado.

"Se ele [o ambulante] for identificado e configurar que tinha licença, poderá ter essa licença cassada e deixar de trabalhar no Carnaval", afirmou Tinoco.

O chefe da pasta destacou que, desde o final do ano passado, a Prefeitura mantém equipes monitorando os circuitos e esses profissionais identificaram as pichações e solicitaram apoio da Secretaria de Manutenção do Município, assim deu início ao trabalho de limpeza da área.

"Vamos permanecer até o final de Ondina retirando essas marcações e trazendo de volta para Salvador a sua beleza natural", pontuou.

Organização

Tinoco ainda deu detalhes de como funciona a organização dos quase 4200 ambulantes, sendo 3400 vendedores com isopor, licenciados para o Carnaval, nos dois circuitos.

Assim que recebem os equipamentos, os ambulantes são encaminhados para o curso de capacitação para atuarem na festa. Eles então são direcionados aos trechos indicados por eles dentro do novo sistema de licenciamento, para finalmente serem instalados no local onde irão trabalhar.

Cada circuito possui dois trechos. No Barra-Ondina: entre o Farol e o Cristo; e entre o Cristo e Ondina. No centro: do Campo Grande até a Piedade; e da Piedade até a Praça Castro Alves.

"Tem espaço para todo mundo. O licenciamento é feito dentro das condições que o circuito oferece e esses ambulantes vão ter espaço para trabalhar, ganhar seu dinheiro como fizeram todos os outros anos".

O secretário reconhece que entre os ambulantes há um entendimento onde cada um fica e a Semop acata isso, desde que não traga desordem e acumule muitos vendedores no mesmo local.

"A gente precisa preservar as rotas de fuga, os espaços para os foliões e para as entidades desfilarem. Então todo esse ordenamento é feito já a partir da quarta-feira antes do início do Carnaval", concluiu.