Vizinhos ouviram gritos de menino decapitado pela mãe: 'Vou morrer'

Moradores relataram à polícia que criança também gritava sem parar na noite anterior; mulher alegou ao vizinho que bateu na porta que o menino era autista e “muito escandaloso”

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Publicado em 24 de setembro de 2024 às 00:16

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Moradores do prédio onde Maria Rosália Gonçalves Mendes, 26, decapitou o ilho Miguel Ryan Mendes Alves, de 6 anos, em João Pessoa (PB), contaram à polícia que ouviram muitos gritos da criança pedindo socorro.

O crime ocorreu na madrugada de sexta-feira (20). Segundo o Metrópoles, os vizinhos acordaram com os gritos da criança: “Socorro, vou morrer”, “estou com medo, mamãe”, “socorro, me ajude” e “mamãe, eu te amo”, foram algumas das frases ditas pelo menino.

Os relatos feitos no interrogatório de dois vizinhos que testemunharam o caso foram incluídos na investigação. Ainda de acordo com o Metrópoles, foi um deles quem acionou a polícia e gravou um áudio dos gritos para entregar aos investigadores. O vizinho contou que achou que a criança estava preso, sozinho em casa.

Na noite anterior, outro vizinho chegou a bater na porta do apartamento por conta dos gritos de Miguel. Maria Rosália chegou a abrir a porta assustada e o vizinho viu a criança ao lado com cara de choro e sem roupas. Ela alegou que o menino era autista e “muito escandaloso”. Os gritos voltaram a acontecer na madrugada do crime.

Miguel morreu por volta de 3h. A polícia chegou ao prédio por volta das 4h.

Ao entrar no imóvel, os policiais encontraram a cabeça do menino no colo da mãe, que segurava uma faca. A mulher tentou atacá-los e simulou que se suicidaria, mas foi contida pelos policiais, que precisaram atirar. “A acusada estava com duas facas e partiu para cima dos policiais, que precisaram atirar”, disse um dos policiais.

O corpo do menino foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML), enquanto a mãe foi levada para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, onde está internada em estado grave.