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Vizinho pulou muro e esperou 1h até bancária acordar para estuprá-la e matá-la

Ele atacou a mulher após ela não corresponder à sua paquera

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 27 de fevereiro de 2025 às 07:54

Aline Cristina Giamogeschi e o suspeito William
Aline Cristina Giamogeschi e o suspeito William Crédito: Reproduçaõ e TV Tribuna

O vizinho de Aline Cristina Giamogeschi, 31 anos, invadiu a casa da vítima pulando o muro dos fundos e esperou por cerca de uma hora até que ela acordasse para atacá-la. William, 22 anos, foi preso na terça-feira (25) sob suspeita de ter estuprado e assassinado a gerente bancária no último sábado (22), no bairro Jardim São Paulo, em Registro (SP).

Aline foi encontrada morta e sem roupas pelo próprio irmão, que entrou na residência após familiares e amigos não conseguirem contato com ela. Segundo o boletim de ocorrência, ela estava nua, com um vestido enrolado na cintura e uma roupa íntima na perna esquerda. Manchas no chão próximas ao corpo sugerem que a vítima tenha sido estuprada. Apesar de a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo ter informado que Aline estava sobre a cama, o registro policial apontou que ela estava no chão, com a cama desalinhada e afastada da parede. Não foram encontrados sinais evidentes de luta corporal.

O delegado Marcelo Freitas, responsável pela investigação, detalhou que William pulou o muro por volta das 5h e aguardou até que Aline acordasse. "Quando a vítima abriu a janela e a porta balcão [um tipo de porta de correr], ele entrou no imóvel e já a agrediu. Derrubou a vítima, a estrangulou e praticou esse crime bárbaro que chocou a todos nós", explicou o delegado em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Globo. Inicialmente, a polícia informou que a morte foi por asfixia, mas posteriormente esclareceu que a asfixia foi causada por estrangulamento.

William, que é usuário de drogas e tem um perfil agressivo, já era conhecido no bairro. Segundo o delegado, ele acompanhava o dia a dia de Aline e nutria um interesse não correspondido por ela. Durante o interrogatório, o suspeito mentiu em um primeiro momento, mas, confrontado com as provas coletadas, confessou o crime. "Ele foi ouvido pela primeira vez, mentiu bastante. Falou muitas inverdades que não batiam com a apuração que havíamos feito. Posteriormente, confrontado com as provas que coletamos, ele confessou a autoria do crime e deu detalhes", afirmou Freitas.

A prisão de William ocorreu após a polícia identificar seu envolvimento com o auxílio de imagens de câmeras de monitoramento. Ele foi levado à Delegacia de Registro por volta das 19h de terça-feira, onde confessou ter violentado e matado Aline. Em seguida, foi encaminhado à Cadeia Pública da cidade, onde aguarda julgamento.

"Vivendo melhor fase"

Tamara Lourenço, 34, fisioterapeuta e amiga de Aline há mais de 15 anos, relembra os momentos que compartilharam. "Nos conhecemos na escola, e nossa amizade só cresceu com o tempo. Mesmo com a distância, eu morando em Campinas (SP), a gente sempre se encontrava. A última vez que falamos, havíamos marcado um café para o dia 26. Ela estava animada para me contar sobre uma viagem recente a Aracaju", conta Tamara, falando ao Uol.

Aline estava, segundo a amiga, vivendo um dos melhores momentos de sua vida. "Estava vivendo a melhor fase. Ela me dizia que estava muito feliz, curtindo a vida de um jeito que nunca havia conseguido antes. Estava viajando, se permitindo viver além do trabalho", relata Tamara. Além da dedicação profissional, Aline tinha uma paixão por música, especialmente rock. "Sempre nos reuníamos para ouvir música e conversar. Ela tinha um gosto musical incrível e adorava compartilhar isso com os amigos", lembra.

A notícia da morte brutal de Aline chocou todos que a conheciam. "Ninguém merece morrer como ela morreu. Ela era uma pessoa inteligentíssima, incrível. Parece que a ficha ainda não caiu, que é mentira. Imaginar que ela possa ter passado por isso é um pesadelo que parece que vai acabar a qualquer momento", desabafa Tamara.