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Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2024 às 07:36
O que era para ser um simples exame de ressonância magnética virou um pesadelo para Sabrina Altenburg Penna. Viúva do empresário Fábio Mocci Rodrigues Jardim, de 42 anos, que morreu ao fazer uma ressonância magnética, ela lembra detalhes do dia em que tudo aconteceu.
Segundo a viúva, ela e o marido chegaram na clínica, que fica em Santos, às 14h da última terça-feira (22) e aguardaram para que ele fosse chamado para a sala de exame. Era a primeira vez que o empresário seria submetido a esse procedimento, mas estava tranquilo.
O início da ressonância teve duas horas de atraso. Mesmo em jejum, Fábio não reclamou. Com a demora, Sabrina deixou a clínica para ir almoçar no mesmo prédio comercial e disse ao marido que retornaria em breve. Menos de 30 minutos depois, ela voltou e Fábio já havia sido chamado para o exame. Quando questionou pelo marido, a esposa ouviu de uma funcionária que ele estava "agitado", mas que isso era normal e que estava tudo bem.
A esposa ficou aguardando o fim do exame e pouco depois notou uma movimentação estranha, com muito entra e sai na sala do exame. Preocupada, ela questionou a funcionária sobre o marido, e foi informada que Fábio teria passado mal, mas que a equipe médica "já estava resolvendo o problema".
Cerca de 40 minutos depois, Sabrina viu dois profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) entrando na sala de ressonância e ficou angustiada. Foi então que ela viu a cena do marido sedo atendido. “Os médicos do Samu abriram a porta para entrar e vi que ele (Fábio) estava deitado e tinha uma pessoa em cima dele fazendo a massagem (cardíaca) com a mão", disse ao G1 Santos. Logo depois, a esposa foi informada que Fábio morreu de infarto fulminante.
A polícia foi chamada e a esposa teve que ir até a delegacia para registrar o caso. O corpo de Fábio foi para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e passará por uma necrópsia.O documento emitido informa ser "prudente e necessário o exame necroscópico e toxicológico" realizado por médico legista. "Por exposição a outras drogas, medicamentos e substâncias biológicas, não especificadas, intenção não determinada - residência".
Apesar da suspeita do infarto, o caso é tratado como "morte suspeita", e ainda não há uma motivação oficial para a morte do empresário, que deixa uma filha de 6 anos e uma enteada de 14, além da esposa.