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Viúva alerta para sintomas do câncer de estômago que o marido ignorou por anos

Ele teve tipo violento da doença e acabou não resistindo

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 15 de março de 2025 às 09:45

Andrei Alfredo Wosniak e Meyriele Santos
Andrei Alfredo Wosniak e Meyriele Santos Crédito: Acervo Pessoal

Andrei Alfredo Wosniak, de 36 anos, enfrentou por quatro anos sintomas como azia, refluxo e desconforto gástrico, que atribuía a problemas comuns, como gases ou má digestão. Ele tomava medicamentos para aliviar o incômodo, mas, em agosto de 2022, os sinais se intensificaram. Apesar da piora, Andrei e sua esposa, Meyriele Santos, acreditavam que o cansaço e o emagrecimento eram resultado da rotina exaustiva de trabalho, com jornadas de até 12 horas diárias.

No entanto, o que parecia ser estresse era, na verdade, um câncer de estômago em estágio avançado. Meyriele lembra que o marido começou a perder peso de forma inexplicável. “Em uma semana, ele perdeu 5 kg. Andrei dizia estar sempre com o estômago cheio e comia muito pouco”, relata ela, em entrevista ao portal Metrópoles. Além disso, ele sentia dores constantes, fraqueza e falta de apetite.

Em novembro de 2022, Andrei procurou atendimento médico, mas o diagnóstico não foi imediato. “Ele pediu para fazer uma endoscopia, mas o médico disse que era raro um jovem ter problemas gástricos e recomendou apenas exames de sangue, que apontaram resultados normais”, conta Meyriele. Foi só em dezembro, após buscar uma segunda opinião, que a endoscopia revelou a gravidade da situação: um carcinoma gástrico em estágio avançado, com múltiplas úlceras e infecção pela bactéria H. pylori.

O câncer de Andrei era do tipo Bormann 3, um tumor agressivo que exige a retirada completa do estômago. Com apenas 20% de chance de cura, ele iniciou quimioterapia, mas os efeitos colaterais se confundiram com a progressão da doença. “Ele teve anemia profunda, dificuldade para se alimentar e o tumor se espalhou para o abdômen, pelve e bexiga”, explica Meyriele. Andrei faleceu em agosto de 2023, sem conseguir realizar a cirurgia, devido a uma infecção generalizada.

O caso de Andrei não é isolado. Sintomas como perda de peso, fadiga, náuseas e desconforto abdominal persistente são comuns no câncer gástrico, mas muitas vezes são ignorados ou tratados como problemas menos graves. “A semelhança com condições como gastrite ou úlcera leva à automedicação, o que atrasa o diagnóstico”, alerta o oncologista André Márcio Murad.

A endoscopia é essencial para identificar lesões e tumores no estômago. “Quando o câncer é diagnosticado precocemente, as chances de cura são reais”, afirma Rafael Monici, coordenador médico de endoscopia do Hospital IBCC Oncologia.

Meyriele, agora viúva, usa a história de Andrei para conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce. “A história dele já ajudou muitas pessoas a se preocuparem com a saúde. Hoje, sei que muitos podem evitar o sofrimento do Andrei, basta prestarem atenção aos sinais e procurarem ajuda antes que seja tarde”, finaliza.

O câncer de estômago está associado a fatores como infecção por H. pylori, tabagismo, consumo excessivo de álcool e má alimentação. A história de Andrei serve como um alerta para que sintomas persistentes nunca sejam ignorados.