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'Vim malhar e ele está lá mortinho', teria escrito suspeita do crime do brigadeirão envenenado

Testemunha disse ao programa ter visto a dupla moer remédios que podem ter sido usados em sobremesa

  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Estadão

Publicado em 10 de junho de 2024 às 06:27

Júlia é suspeita de matar Luiz com doce envenenado
Júlia é suspeita de matar Luiz com doce envenenado Crédito: Reprodução

A suspeita de matar o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 45 anos, com um brigadeirão envenenado continuou frequentando o apartamento após a morte do homem, de acordo com a investigação da Polícia Civil. A uma amiga também investigada por suspeita de participação do crime, ela relatou que seguia realizando atividades enquanto o corpo do homem continuava no imóvel.

Uma testemunha disse ao Fantástico, da Globo, que a suspeita, que era namorada do empresário, chegou a compartilhar uma mensagem nesse sentido: "Vim malhar e ele está lá mortinho". A testemunha, namorado da suposta comparsa, disse ter tomando conhecimento da mensagem. A polícia acredita que Ormond tenha morrido no dia 17 de maio; seu corpo foi localizado três dias depois.

Segundo investigação policial e perícia técnica no corpo da vítima, a morte ocorreu por envenenamento que envolveu substâncias como morfina e outros medicamentos controlados. Os investigadores acreditam que a motivação da suspeita e da comparsa seria financeiro ao se desfazer dos bens da vítima. A testemunha disse ao programa ter visto a dupla moer remédios que posteriormente podem ter sido usados na composição do brigadeirão.

Na terça-feira, 4, a suspeita se entregou e foi presa. "Conduzida à delegacia, ela optou pelo direito de permanecer em silêncio. Contra a autora, foi cumprido um mandado de prisão temporária por homicídio qualificado", disse a polícia na oportunidade.

A mulher, que chegou a ser considerada foragida da Justiça, havia prestado depoimento à polícia, anteriormente, alegando que não tinha conhecimento da morte de Ormond. Imagens de câmeras de segurança mostraram, no entanto, que ela esteve no apartamento em mais de uma ocasião quando o homem já estava morto. Vendeu, inclusive, o carro dele com a ajuda de um comparsa.

Ao programa, a defesa da comparsa negou o envolvimento dela com o homicídio. A defesa da principal suspeita disse estar analisando os documentos da investigação.