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Veja onde estão os maiores e menores salários do país

Bahia figura na lista

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 10 de março de 2025 às 11:21

O rendimento médio do trabalhador brasileiro alcançou R$ 3.225 em 2024, o maior valor registrado desde 2012, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE. Apesar do avanço, que reflete uma melhora nas condições de trabalho e na economia do país, o estudo revela que as disparidades salariais entre as regiões brasileiras continuam significativas, evidenciando desigualdades estruturais relacionadas ao acesso a setores econômicos mais rentáveis, à presença do funcionalismo público, à escolaridade e à formalização do trabalho.

O Brasil apresenta uma grande variação nos rendimentos dos trabalhadores, com diferenças marcantes entre estados. Enquanto o Distrito Federal lidera o ranking com um rendimento médio de R$ 5.043, impulsionado pela alta concentração de servidores públicos, estados do Nordeste, como Maranhão (R$ 2.049) e Ceará (R$ 2.071), registram os menores salários. A falta de infraestrutura adequada, a menor presença de indústrias de alto valor agregado e a informalidade no mercado de trabalho são fatores que contribuem para essa discrepância.

Outros estados com rendimentos acima da média nacional incluem São Paulo (R$ 3.907), Paraná (R$ 3.758), Rio de Janeiro (R$ 3.733) e Santa Catarina (R$ 3.705). Essas regiões se destacam por economias mais diversificadas e industrializadas, além de um mercado de trabalho formalizado e dinâmico.

ESTADOS COM RENDIMENTO MAIOR

  • São Paulo: R$ 3.907
  • Paraná: R$ 3.758
  • Rio de Janeiro: R$ 3.733
  • Santa Catarina: R$ 3.705

ESTADOS COM RENDIMENTO MENOR

  • Maranhão: R$ 2.049
  • Ceará: R$ 2.071
  • Bahia: R$ 2.165
  • Piauí: R$ 2.199
  • Paraíba: R$ 2.230

O crescimento do rendimento médio em 2024 foi impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo a recuperação econômica pós-pandemia, a queda no desemprego e a expansão de setores estratégicos. A taxa de desocupação atingiu o menor nível da série histórica, permitindo que mais trabalhadores retornassem ao mercado formal. Além disso, setores como tecnologia da informação (TI), comércio e turismo tiveram um papel crucial na elevação dos salários, especialmente nas regiões Sul e Sudeste.

O funcionalismo público também contribuiu significativamente para o aumento da média salarial, com estados como o Distrito Federal e o Rio de Janeiro se beneficiando da presença massiva de servidores públicos, cujos salários tendem a ser superiores à média do setor privado. A formalização do trabalho e a maior qualificação profissional também foram fatores importantes para o crescimento dos rendimentos.

Setores com os maiores salários

Os setores que pagaram os maiores salários em 2024 foram aqueles que exigem alta especialização e capital humano qualificado. A administração pública e defesa lideram a lista, com um rendimento médio de R$ 6.500, seguidos por tecnologia da informação (R$ 5.800), atividades financeiras e seguros (R$ 5.500), indústria (R$ 4.200) e educação superior e pesquisa (R$ 4.000). O setor de TI, em particular, continua a se destacar como um dos mais promissores, com forte demanda por profissionais especializados.

O nível de escolaridade também tem um impacto direto nos rendimentos. Trabalhadores com ensino superior completo têm uma média salarial de R$ 6.200, enquanto aqueles com ensino médio completo ganham R$ 2.800, e os sem instrução ou com ensino fundamental incompleto recebem R$ 1.700. Esses dados reforçam a importância do investimento em educação como ferramenta para melhorar as condições de vida e aumentar os salários.

Apesar do crescimento do rendimento médio, o Brasil ainda enfrenta desafios significativos, como a desigualdade regional, a baixa qualificação da mão de obra e a informalidade no mercado de trabalho. Cerca de 40% dos trabalhadores ainda estão na informalidade, o que dificulta o aumento da produtividade e a melhoria dos salários.

Para os próximos anos, a expectativa é que o mercado de trabalho continue se recuperando, com crescimento nos setores de infraestrutura, tecnologia e indústria verde. No entanto, reduzir as desigualdades regionais e melhorar a qualificação profissional serão essenciais para garantir um desenvolvimento mais equitativo e sustentável.