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Esther Morais
Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 11:14
A família do adolescente de 13 anos que morreu após com o corpo necrosado por causa de uma infecção bacteriana no Distrito Federal segue denunciado o caso. Miguel Fernandes Brandão foi à óbito em novembro do ano passado, depois de quase um mês internado no Hospital Brasília. Os pais denunciam negligência médica e dizem que a situação poderia ter sido evitada. Veja o que se sabe sobre o caso: >
O jovem foi diagnosticado com Streptococcus pyogenes. A bactéria patogénica é altamente infecciosa e frequentemente responsável por faringites. Esta espécie também pode provocar doenças mais graves como a escarlatina e a febre reumática. O S. pyogenes, está naturalmente presente na boca, garganta e sistema respiratório humanos, não causando doença, porém, ao passar de pessoa para pessoa se torna perigosa.>
Miguel Fernandes começou a apresentar sintomas como febre, coriza e espirros no início de outubro de 2024, inicialmente tratados como rinite alérgica. Após a piora do quadro, ele foi levado ao Hospital Brasília em 14 de outubro, onde exames descartaram influenza e covid-19.>
No dia seguinte, surgiram novos sintomas, como vômitos, diarreia, unhas roxas e fraqueza nas pernas. O quadro continuava grave, mas o diagnóstico ainda não estava claro. A mãe do jovem criticou a demora na realização de exames e o atendimento inadequado, relatando ainda que o filho desenvolveu choque séptico e falência de órgãos. Ele, então, foi transferido para a UTI. >
A infecção causou sérios danos, incluindo necrose de tecidos, que exigiram raspagem. A condição de Miguel piorou com o tempo, levando a falência renal e cerebral, e ele foi submetido a procedimentos invasivos, como traqueostomia e hemodiálise. Miguel morreu na madrugada de 9 de novembro, em decorrência de choque séptico e falência múltipla dos órgãos.>
Sim. Em 30 de dezembro, Genilva Fernandes, mãe do adolescente, registrou um boletim de ocorrência contra o hospital na Polícia Civil do Distrito Federal, que investiga o caso. >
O Hospital Brasília lamentou o caso e disse que, "apesar dos esforços de nosso corpo clínico, infelizmente não foi possível reverter o quadro infeccioso que o acometeu". A declaração foi enviada em nota para o UOL. >
Miguel Fernandes Brandão, de 13 anos, era filho único e considerado como um milagre para a família, pois os pais Genilva Fernandes e Fábio Luiz Brandão não podiam engravidar. Ele tinha 1,80, amava futebol e queria ser atleta. >