Universal é condenada a pagar R$ 100 mil a pastor obrigado a fazer vasectomia

A Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada a pagar R$100 mil para indenizar um pastor por danos morais. O homem afirma que foi obrigado pela instituição a fazer uma vasectomia quando se casou. Apesar de a igreja negar as acusações, a sentença do processo deu vitória ao homem, em novembro do ano passado.

A esposa do pastor, que foi ouvida como testemunha, disse que um bispo informou sobre a obrigatoriedade do procedimento quando o pastor pediu autorização para se casar.

M.B.S começou a trabalhar para a instituição quando tinha 17 anos, onde trabalhou como pastor e supervisor de produção de televisão.

No processo, o homem afirmou que quando foi se casar, em 2014, foi coagido a fazer a vasectomia. Segundo a advogada que o representa, "ele não teve outra opção".

A Universal disse que não há provas de que o homem realizou a vasectomia e que a instituição não interfere nessas questões dos casais.

As advogadas que representam a igreja afirmaram que a acusação é inverídica alegando que vários pastores têm filhos, incluindo o líder Edir Macedo. A Universal afirmou ainda no processo que a Bíblia adverte que todos devem conceber uma família.

A juíza do caso não aceitou a argumentação e disse que as testemunhas comprovaram que a vasectomia é uma imposição para os pastores que querem se casar.

Pastor também pediu o reconhecimento de vínculo empregatício

O pastor também pediu o reconhecimento de vínculo empregatício na Rede Record e na editora Unipro. Ele diz ter trabalhado como assistente de estúdio e produtor na emissora. A Record foi condenada a pagar uma série de direitos trabalhistas ao homem.

As rés já apresentaram recursos, que serão julgados.