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'Traumático', desabafa mãe de menino que morreu 'comido' por bactéria

Genilva Brandão reclama da demora no atendimento e e diz que morte poderia ter sido evitada

  • Foto do(a) author(a) Esther Morais
  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Esther Morais

  • Carol Neves

Publicado em 24 de janeiro de 2025 às 15:09

Prontuário de menino que morreu 'comido' por bactéria menciona mãe como 'ansiosa'
Prontuário de menino que morreu 'comido' por bactéria menciona mãe como 'ansiosa' Crédito: Reprodução

A mãe do jovem que morreu com o corpo necrosado por causa de uma infecção bacteriana no Distrito Federal denunciou o hospital e disse que a morte do filho poderia ter sido evitada. Miguel Fernandes Brandão, de 13 anos, esteve internado por 26 dias e morreu em 9 de novembro, mas a família segue denunciando o caso e chegou a abrir uma queixa contra o Hospital Brasília por negligência médica. A polícia investiga a denúncia.  

“Foi tudo muito traumático para a gente, ainda mais sabendo que a morte poderia ter sido evitada”, lamentou a mãe, Genilva Fernandes, em entrevista ao Metrópoles. “Morremos com nosso filho”, acrescentou. 

Miguel Fernandes começou a apresentar sintomas como febre, coriza e espirros no início de outubro de 2024, inicialmente tratados como rinite alérgica. Após a piora do quadro, ele foi levado ao Hospital Brasília em 14 de outubro, onde exames descartaram influenza e covid-19.

No dia seguinte, surgiram novos sintomas, como vômitos, diarreia, unhas roxas e fraqueza nas pernas. O quadro continuava grave, mas o diagnóstico ainda não estava claro. Genilva criticou a demora na realização de exames e o atendimento inadequado, relatando ainda que o filho desenvolveu choque séptico e falência de órgãos.

A situação de Miguel piorou rapidamente, e ele foi transferido para a UTI após ser diagnosticado com infecção por streptococcus pyogenes e influenza A. A infecção causou sérios danos, incluindo necrose de tecidos, que exigiram raspagem. A condição de Miguel piorou com o tempo, levando a falência renal e cerebral, e ele foi submetido a procedimentos invasivos, como traqueostomia e hemodiálise. Miguel morreu na madrugada de 9 de novembro, em decorrência de choque séptico e falência múltipla dos órgãos.

No dia 18 de outubro, enquanto ainda estava no hospital, a mãe impediu a administração de medicamentos como o Tylenol, alegando que Miguel estava com dor no estômago e mostrando desconfiança da conduta médica. Poucas horas depois, o quadro de Miguel se agravou, e ele entrou em choque séptico, apresentando manchas roxas no corpo, o que indicava uma deterioração rápida e grave de sua saúde.

Em resposta à denúncia, a assessoria do Hospital Brasília afirmou, por meio de nota, que não pode divulgar informações sobre o histórico de saúde dos pacientes devido às normas de sigilo médico. A investigação sobre o caso continua.