Traficante tenta subornar delegado após ser preso com droga em carro de luxo no Rio de Janeiro

Caso aconteceu nesta quinta-feira (25)

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  • Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2024 às 22:42

A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirma que um traficante tentou subornar agentes depois que foi preso na porta de casa na Tijuca, Zona Norte do Rio. Michel Swire Magioli, de 27 anos, estava levando drogas em um carro de luxo. As informações foram divulgadas pelo portal G1.

Depois de ser pego em flagrante, primeiro ele ofereceu o carro como pagamento para não ser levado para a delegacia, segundo o delegado Allan Duarte. Já em sede policial, ele começa a oferecer dinheiro.

"Combinado não sai caro, entendeu? Somos oito aqui, quero dez pra cada. Pô, eu tenho capacidade, entendeu? Pra gente resolver da melhor forma”, tenta negociar Michel.

Para ter certeza, o delegado pergunta se ele estava oferecendo R$ 10 mil. "Você está me oferecendo dinheiro pra não efetuar uma prisão em flagrante? De tráfico de drogas? R$ 10 mil?”, questiona Duarte.

“Não, não é. R$10 mil não é pra todo mundo, entendeu?”, responde o preso.

Depois disso, o delegado reforça a prisão e destaca que, a partir daquele momento, o preso passa a responder também por corrupção ativa, além de tráfico de drogas. Então, Michel responde: "Sou de família boa. Não precisava estar nesse negócio”.

Na casa dele foram apreendidos R$ 9 mil, 755 dólares e 400 pesos uruguaios, além de drogas.

Uma bandeira desenhada na embalagem do cigarro eletrônico dá pistas de onde a mercadoria vinha. Segundo a polícia, provavelmente era do exterior. As drogas eram revendidas por um preço mais alto, tendo como destino um público de alto poder aquisitivo.

A investigação aponta que os entorpecentes eram levados da casa até consumidores, em uma forma de delivery. Michel tinha sido preso por tráfico em 2016 e chegou a ser condenado, mas só passou uma semana detido.

Agora, o delegado Allan Duarte destaca que a prisão pode chegar a 27 anos. "O tráfico de drogas tem uma pena que varia de cinco a 15 anos. E a corrupção ativa uma pena que varia de dois a 12 anos. Somados os patamares máximos das penas, a gente chega a 27 anos de prisão”, explica.

Procurada pelo G1, a defesa de Michel disse que não teve acesso ao inquérito e não vai se manifestar.