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Testemunhas dizem que mãe ajudou a salvar filhos no acidente com avião em Ubatuba: 'Uma leoa'

Empresária está internada em estado grave

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 13 de janeiro de 2025 às 10:38

Mireylle Fries
Bruno Almeida Souza, Mireylle Fries e os dois filhos Crédito: Reprodução

A empresária Mireylle Fries, 41 anos, teve um papel decisivo para salvar os filhos e o marido no acidente de avião que sofreu acidente em Ubatuba, no litoral de São Paulo, indo parar na praia. Os quatro foram socorridos com vida. O piloto Paulo Seguetto morreu. 

“Ela foi que nem uma leoa para salvar os filhos, com a força, sabe? Acho que ela estava até fora de si no meio daquela fumaça, ferida que estava, ainda. Ela conseguiu tirar uma criança, tirou a outra. E quis tirar o esposo também”, disse Gilmar Destefano, agricultor e morador de Ubatuba, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.

Outra testemunha, o empresário Pedro Romano, também morador da cidade, ajudou a tentar quebrar o vidro da aeronave e depois carregou o menino, que estava desacordado. Ele também destaca a força de Mireylle: “Um instinto materno muito grande porque ela ajudou a tirar as crianças.”

Mireylle, de 41 anos, é de uma família tradicional de Goiás. Ela estava viajando de férias com o marido, Bruno Almeida Souza, o filho do casal, de 4 anos, e a filha, de 6. Eles estão internados em um hospital de São Paulo. A empresária passou por cirurgia e foi entubada. Os outros três têm estado de saúde considerado estável, mas seguem sem previsão de alta. 

O avião não conseguiu parar na pista do aeródromo, atravessou uma avenida e foi parar na praia. “Nós vemos pela filmagem inicial que tinha várias pessoas próximas que já correram pra aeronave jogando água, gritando. Isso pode ter contribuído muito para a sobrevivência dos passageiros”, disse Miguel Angelo Rodeguero, diretor da Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves.

A professora Rosana Alves Vieira, que caminhava com o filho na calçada na hora do acidente, sofreu fratura exposta no pé ao ser atingida por um destroço. Ela está internada. “O destroço do avião bateu na minha perna. Alguma coisa que eu não sei o que bateu na minha perna e eu caí”, conta. “E nessa hora que eu caí, comecei a sentir minhas pernas queimando e eu só fui pensando assim: ‘Eu tô pegando fogo. Tô pegando fogo’." O filho não ficou ferido. 

Problema no pouso

Em entrevista ao G1 da região, Marcel Moure, o CEO do aeroporto, disse que o acidente pegou todos de surpresa. "Fomos surpreendidos. Aparentemente, pelas câmeras do nosso aeroporto, o ponto de toque da aeronave foi bem à frente daquela zebra (ponto inicial). Os 600 metros necessários (já) eram críticos para essa operação, disso não tenho dúvida. Muito crítico, e ficou menor ainda", avaliou.

Ele disse ainda que o local costuma receber helicópteros e aeronaves turboélices, e que uma aeronave daquele modelo raramente para lá. ""A aeronave a jato tem maior velocidade também para pousar. Ela pousa com mais velocidade que uma turboélice", explicou.

O avião ultrapassou a pista, passou por uma avenida e foi parar na praia, em meio a uma explosão.

A pista do aeroporto tem 940 metros de extensão, mas somente 560 metros são disponíveis para pouso. O manual da aeronave determina que quando a pista está molhada ela precisa de pelo menos 838 metros para parar.