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Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2017 às 13:32
- Atualizado há 2 anos
Nesta quarta-feira (25), enquanto a Câmara dos Deputados se preparara para votar a segunda denúncia contra Michel Temer, o presidente passou mal e foi encaminhado ao Hospital Militar de Área de Brasília (HMAB), em Brasília, informou a assessoria de imprensa do Planalto. Temer teve um desconforto no final da manhã, sentindo dificuldade em urinar e foi consultado no departamento médico do próprio Palácio do Planalto. Ele teve alta médica à noite.
"O médico de plantão constatou uma obstrução urológica e recomendou que fosse avaliado no Hospital do Exército, onde se encontra para realização de exame e devido tratamento", informou a nota da assessoria. Temer deu entrada no hospital às 12h50.
De acordo ainda com a assessoria, no início da tarde, o Presidente da República foi submetido a uma sondagem vesical de alívio por vídeo. Michel Temer está em repouso e passa bem. Segundo o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que chegou na tarde desta quarta-feira ao hospital, a situação do presidente "não é grave". "Não é preocupante, é excesso de carga de trabalho e preocupação. Ele está dando o máximo para fazer o trabalho dele e isso prejudicou a saúde", afirmou o senador peemedebista ao chegar para uma visita. Questionado se o problema de saúde do presidente poderia prejudicar a votação da segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República na Câmara, Lira disse que "não atrapalha, são duas coisas distintas".
O presidente Michel Temer chegou nesta quarta-feira ao Palácio do Planalto às 8h50 da manhã mesmo tendo cumprido uma agenda extensa ontem que terminou por volta da meia noite após um jantar na casa do deputado Fábio Ramalho, em que foi servido galinhada, costela de porco e outras comidas mineiras. Temer tinha uma agenda ainda curta para receber parlamentares, mas a expectativa era de que ao longo do dia o seu gabinete continuasse aberto sob demanda para garantir que o presidente consiga derrubar a segunda denuncia contra ele, que está sendo votada na Câmara hoje.
A primeira-dama Marcela Temer ficou sabendo pela imprensa que o presidente Temer havia passado mal nesta manhã. Segundo fontes do Planalto, a esposa de Temer naturalmente ficou nervosa até conseguir mais informações e depois permaneceu no Palácio do Jaburu sendo informada do estado de saúde de Temer por assessores. Ela chegou nesta tarde no Hospital do Exército.
Votação O plenário da Câmara dos Deputados se reúne hoje (25) para votar o pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) para processar, por crime comum, o presidente da República, Michel Temer, e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral, Moreira Franco.
O presidente e os ministros são acusados de formar uma organização criminosa para ocupar cargos públicos e arrecadar propinas, estimadas em R$ 587 milhões. Temer também é acusado de obstrução de Justiça. O Planalto nega todas as acusações.
Tanto o presidente quanto os ministros só poderão ser investigados pelo STF se pelo menos 342 do total de 513 deputados se manifestarem contrários ao relatório de Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) por meio do voto “não”.