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Técnica de enfermagem quebra braço de criança que possui síndrome rara

Episódios de violência foram registrados por uma câmera de segurança instalada no quarto da criança

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 25 de fevereiro de 2025 às 09:06

  Técnica de enfermagem quebra braço de criança que possui síndrome rara
Técnica de enfermagem quebra braço de criança que possui síndrome rara Crédito: Reprodução

Uma técnica de enfermagem é suspeita de ter agredido uma menina de 10 anos, provocando uma fratura no braço da vítima. Os episódios de violência foram registrados por uma câmera de segurança instalada no quarto da criança, que nasceu com uma síndrome rara, que a impossibilita de falar e andar e também possui autismo nível quatro. Em uma das gravações, é possível ver o momento em que a cuidadora quebra o braço da garotinha, que vive em Taguatinga Sul, no Distrito Federal.

Desde que nasceu, a menina é assistida por atendimento domiciliar. Porém, as suspeitas de possíveis maus-tratos cometidos por uma das cuidadoras só surgiu há cerca de um mês, após uma médica da equipe alertar a mãe sobre o comportamento diferente da criança. “Por conta da síndrome, minha filha desenvolveu outras anomalias. Ela também é autista nível quatro de suporte, considerado o mais grave dentro do espectro. Ela não fala, não anda e não come. Então, é 100% dependente dos cuidados de terceiros. Uma criança indefesa”, informou a mãe da menina, que terá a identidade preservada.

A suspeita das agressões, a técnica de enfermagem Fernanda Aparecida da Conceição Borges, cuidava da menina há seis meses. Por temer que algo pudesse estar acontecendo com a filha, a mãe instalou câmeras de segurança pela residência, uma delas no quarto da garota, que nasceu com a síndrome de Moebius, um distúrbio neurológico que afeta os nervos cranianos que controlam os músculos da face e dos olhos. A condição leva à deficiência motora do rosto, resultando em pouca expressividade facial.

Os flagrantes das agressões aconteceram entre a última quinta e sexta-feira (21/2), na maioria deles enquanto a menina dormia. “Minha filha não verbaliza e, também, não chora. Então ela não conseguia demonstrar que estava sendo agredida ou machucada. Por conta do autismo, ela se automutila e se debate, não sabíamos se os hematomas eram decorrentes desses episódios ou se seriam de agressões vindas da cuidadora”, explicou a mãe da criança, em entrevista ao Metropoles.

A mãe percebeu a fratura no braço da menina, após o membro ficar completamente inchado e vermelho, na madrugada do último sábado (22). A família precisou acionar uma ambulância para levar a criança ao hospital. Na unidade, os profissionais constataram que ela estava com o braço quebrado e tinha fraturas em diversas articulações do corpo.

A família da criança nem teve tempo de confrontar a suspeita sobre as agressões, pois logo após terminar o plantão da última sexta-feira (21), a mulher pediu demissão da empresa que presta o serviço de home care e encerrou a linha telefônica dela. O caso foi registrado como lesão corporal na 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro). A Polícia Civil do DF apura os fatos.