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Tarcísio quer Guedes no comando da Secretaria da Fazenda de São Paulo

Guedes e Tarcísio foram ministros de confiança de Bolsonaro

  • D
  • Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2022 às 16:32

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, virou o nome preferido do governador eleito de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) para assumir a Secretaria da Fazenda e do Planejamento do Estado. Tarcísio pediu que intermediários conversem com Guedes para que o economista avalie a proposta. Segundo pessoas próximas ao governador eleito, o atual ministro só não assume o cargo se recusar. A informação foi adiantada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Estadão. Guedes e Tarcísio foram nomeados por Jair Bolsonaro (PL) no dia 1.º de janeiro de 2019 e se tornaram ministros de confiança do presidente. Para o governador eleito, o economista seria o nome ideal para ocupar a pasta em São Paulo. Intermediários apontam, porém, que Guedes não está certo se assumiria o cargo em São Paulo. Uma possibilidade avaliada é que o economista ganhe um cargo de conselheiro na nova gestão paulista. O possível desembarque de Guedes em São Paulo é visto por opositores como uma tentativa de importar a política econômica de Bolsonaro ao Estado. Por sua proximidade com o presidente - sendo tachado de "Posto Ipiranga" e "superministro" - o nome do ministro não é tomado como uma indicação puramente técnica. Como mostrou o Estadão, Guedes assumiu o cargo com a promessa de dar um "banho" de liberalismo no Brasil, mas encampou medidas eleitoreiras propostas por Bolsonaro ao longo da gestão.Polêmicas Nos últimos quatro anos, o ministro colecionou polêmicas ao dizer, por exemplo, que a queda do dólar prejudica as exportações e permite que "todo mundo" possa ir a Disneylândia, inclusive "empregadas domésticas". Outras declarações também repercutiram mal, quando alegou que o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) bancou universidades "até para filho de porteiro" que zerou o vestibular. Se não houver o aceite, um dos planos de Tarcísio é indicar o economista Samuel Kinoshita para a pasta. Assim como o coordenador do governo de transição Guilherme Afif, Kinoshita foi assessor do ministro da economia. Afif deixou o cargo para atuar na campanha de Tarcísio e Kinoshita fez o mesmo para atuar na equipe de transição do governo de São Paulo.