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Estadão
Publicado em 4 de outubro de 2024 às 16:27
Enzo Wagner Lima Campos, de 24 anos, um dos suspeitos de assassinar o delegado Mauro Guimarães Soares, está paraplégico, de acordo com a polícia de São Paulo. Ele permanece internado no Hospital Universitário da USP, zona oeste da capital, sob escolta policial. >
O delegado de classe especial, de 59 anos, morreu após ser baleado no peito durante tentativa de assalto no sábado, 21, na Vila Romana, zona oeste de São Paulo.>
Enquanto caminhava com a mulher, Ana Paula Soares, que também é policial, o delegado reagiu ao ser abordado por dois bandidos numa moto, segundo testemunhas.>
O autor dos disparos que vitimou o policial foi baleado. Enzo apresenta lesão na medula espinhal que impede o movimento das pernas.>
Natural de São Paulo, ele já foi condenado por organização criminosa e acusado de roubo, violência doméstica e receptação. Já havia sido preso em outras ocasiões e cumpria medida cautelar nas ruas. Agora, foi indiciado pelo crime de latrocínio>
Outro suspeito pelo crime, Jeferson da Silva Teixeira, foi preso na cidade de Extrema, no sul de Minas Gerais. A Polícia Militar informou que o suspeito, de 29 anos, foi abordado junto com outro indivíduo em frente a um bar, no bairro Bela Vista, consumindo drogas.>
Ambos foram encaminhados à delegacia, onde a polícia descobriu um mandado de prisão temporária aberto contra Jeferson como suspeito de envolvimento na morte do delegado.>
Um terceiro suspeito de envolvimento na morte do delegado também foi preso, mas sua identidade não foi relevada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.>
Quem era Mauro Guimarães Soares>
Mauro Guimarães Soares integrava o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Vindo de uma tradicional família de policiais de São Paulo, ele esteve à frente de delegacias da região metropolitana de São Paulo, entre elas Osasco, Carapicuíba e Barueri. Ele atuou ainda no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo.>
Em 2021, assumiu como delegado seccional de Sorocaba, interior de São Paulo, e esteve no comando de 18 cidades da região.>
Seu irmão, o delegado Maurício Guimarães Soares, foi diretor do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). Os dois são filhos do delegado Acrisio Soares, da cúpula da Polícia Civil nos anos 1980. Sua mulher, Ana Paula, que presenciou o disparo contra o marido, é subdelegada geral.>
O caso foi registrado como latrocínio no 91º Distrito Policial (Ceasa), com investigação liderada pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).>