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STJ deixa filho de assassino dos Richthofen tirar o nome do pai dos documentos

Disputa foi parar nas cortes superiores porque pai recorreu

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 07:39

cristian cravinhos
cristian cravinhos Crédito: Reprodução

A Segunda Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu, por unanimidade, autorizar que o filho de Cristian Cravinhos, envolvido no assassinato de Marísia e Manfred von Richthofen em 2002, retire o nome do pai de todos os seus documentos.

O jovem de 26 anos fez o pedido com base na falta de relação com o genitor e no sofrimento que enfrentou ao longo de sua vida, seja na escola ou no trabalho, devido ao envolvimento de Cristian no crime. Na época do assassinato, o rapaz tinha apenas 3 anos.

Antes dessa decisão, ele já havia conseguido, em 2009, remover o sobrenome Cravinhos de seus documentos. Contudo, ainda precisava manter o nome de Cristian nos registros oficiais, como na certidão de nascimento e no RG. Agora, com a nova determinação do STJ, ele poderá oficialmente romper qualquer vínculo legal com seu pai.

Cristian teve contato com o filho em apenas três ocasiões ao longo de 26 anos. O processo revela que o vínculo entre eles se desvaneceu antes mesmo do crime, com Cristian deixando de oferecer apoio ou assistência à criança, mesmo antes de ser parte do plano que resultou nos assassinatos.

O caso chegou ao STJ depois que Cristian recorreu à Justiça, buscando impedir a anulação de sua paternidade. A relatora do processo considerou o recurso do réu "horrível". Anteriormente, o jovem já havia conquistado esse direito na Justiça do Paraná.

Outros membros envolvidos no crime também tomaram medidas para se desvincular dos sobrenomes ligados ao assassinato. Em 2014, o irmão de Cristian, Daniel, deixou de usar o sobrenome Cravinhos, adotando o da primeira esposa. Em dezembro de 2023, Suzane von Richthofen, que também esteve envolvida no crime, abandonou o sobrenome dos pais e passou a utilizar o sobrenome Magnani Muniz, de sua avó.

Enquanto isso, Cristian continua cumprindo sua pena de 38 anos de prisão na Penitenciária de Tremembé, após ser condenado pela morte de Marísia. Ele havia sido liberado para o regime aberto em 2018, mas foi reencarcerado após tentar subornar policiais.