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Carol Neves
Estadão
Publicado em 1 de abril de 2025 às 12:43
A Divisão Antissequestro do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) investiga o sequestro do empresário espanhol Rodrigo Perez Aristizabal, de 25 anos, ocorrido na região metropolitana de São Paulo. O caso levou à prisão de um policial militar da reserva no sábado (29) e de um policial civil na segunda-feira (31). Um terceiro agente, também policial civil, está foragido, segundo informações da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). >
Ao todo, sete pessoas são suspeitas de envolvimento no crime, entre elas a namorada da vítima, Luana Bektas Lopez, de nacionalidade paraguaia. A Corregedoria da Polícia Civil identificou a participação dos agentes e segue apurando o caso. "As forças de segurança do Estado ressaltam seu compromisso com a legalidade e afirmam que não toleram desvios de conduta, aplicando punições exemplares a agentes que descumprem a lei e os protocolos institucionais", declarou a SSP-SP. >
O crime ocorreu no início da semana passada. Aristizabal contou à polícia que foi abordado na zona sul da capital paulista, enquanto retornava de uma padaria para seu apartamento no Ipiranga, na noite de segunda ou terça-feira. Dois homens uniformizados e em uma camionete preta com a logomarca da Polícia Civil o chamaram pelo nome e alegaram ser da polícia internacional. Ao responder, ele foi colocado à força no veículo e levado para um cativeiro em uma área de mata em Mogi das Cruzes. >
No cativeiro, a vítima relatou ter sido dopada com um tranquilizante e alvo de extorsão. Segundo ele, os sequestradores desviaram US$ 50 milhões de sua conta, o equivalente a cerca de R$ 287 milhões. No sábado, Aristizabal conseguiu escapar ao dopar um dos sequestradores, colocando escondido um tranquilizante na bebida dele. Assim, libertou-se das algemas e fugiu até um restaurante, onde pediu ajuda à Polícia Militar. >
Os agentes foram ao local e prenderam em flagrante Ronaldo da Cruz Batista, que confessou participação no crime. A investigação segue para localizar os demais envolvidos. A defesa dos suspeitos não foi localizada, e a Embaixada da Espanha no Brasil ainda não se pronunciou sobre o caso.>