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Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2019 às 19:54
- Atualizado há 2 anos
Foto: Christian Braga/Greenpeace O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, voltou a atacar a organização ambiental Greenpeace. Desta vez, Salles insinuou que a organização poderia estar por trás do vazamento de óleo que afeta todo o Nordeste do País.
Em sua conta no Twitter, o ministro afirma: "Tem umas coincidências na vida né... Parece que o navio do #greenpixe estava justamente navegando em águas internacionais, em frente ao litoral brasileiro bem na época do derramamento de óleo venezuelano..."
O ministro publicou, com a declaração, uma foto do navio do Greenpeace, que é utilizado pela organização em ações de protesto contra crimes ambientais.
Após os ataques ao Greenpeace, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou uma posição oficial do ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) sobre a origem do vazamento de óleo que desde setembro tem chegado às praias do Nordeste.
"Estamos esperando uma posição oficial do Ministério do Meio Ambiente", escreveu Maia também no Twitter. Na mesma publicação, o deputado compartilhou uma reportagem sobre o tuíte de Salles sobre o Ong ambiental.
Prisões Nesta quarta-feira, 23, Salles disse que não vai dialogar com o Greenpeace. Após o protesto da organização em frente ao Palácio do Planalto, o ministro chamou os ativistas de terroristas e disse que não estariam ajudando a limpar as praias.
Os manifestantes colocaram tinta preta no asfalto para simbolizar o óleo derramado nas praias do Nordeste. Também espalharam madeira queimada, que teria sido recolhida de locais de extração ilegal na Amazônia.
Segundo a organização não governamental (ONG), 17 ativistas foram detidos pela Polícia Militar do Distrito Federal e levados à delegacia. O Greenpeace havia informado anteriormente que foram 23 presos, mas corrigiu o número.
Resposta A organização ambiental Greenpeace vai acionar, na Justiça, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pelas declarações publicadas pelo ministro no Twitter, na qual insinua que o barco da ONG estava na mesma área suspeita de derramar o petróleo cru que se espalhou pelo litoral do Nordeste do País.