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Reviravolta no caso Vitória: defesa do suspeito desmente polícia e nega confissão do crime

Segundo a polícia, o jovem confessou que, além de ter matado Vitória, agiu sozinho no crime

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 18 de março de 2025 às 11:24

Vitória Regina de Sousa
Vitória Regina de Sousa Crédito: Reprodução

Um dia após a polícia informar que Maicol Sales dos Santos, 27 anos, confessou ter matado Vitória Regina de Souza, a defesa do jovem negou que ele tenha feito qualquer confissão de autoria ou participação na morte da adolescente de 17 anos, encontrada sem vida em uma área de mata de Cajamar, na Grande São Paulo. “Até o presente momento, não houve confissão de autoria ou participação por parte do cliente em relação ao caso Vitória Regina de Souza, sendo inverídicas quaisquer informações que estejam sendo veiculadas a esse respeito”, disse a defesa de Maicol Sales dos Santos por meio de nota. De acordo com fontes policiais ouvidas pelo portal Metrópoles, o único suspeito preso até o momento revelou em um depoimento dado na tarde da última segunda-feira (17) que, além de ter matado Vitória, agiu sozinho no crime.

Um comunicado assinado pelos advogados Arthur Perin Novaes, Flávio Ubirajara e Vitor Aurélio Timóteo da Silva, informa que “Maicol está sendo assistido por sua defesa” e que “toda e qualquer declaração atribuída a ele, feita sem a presença de seus advogados, ofende a legislação processual pertinente e carece de validade jurídica, sendo potencial causa nulificadora do processo e até mesmo de configuração de ilícito penal e administrativo”. Maicol está preso desde sábado (8). O carro dele, um Toyota Corolla prata, foi visto no local em que a menina foi raptada momentos antes do crime. A polícia disse ter encontrado manchas de sangue no porta-malas do veículo. O material genético colhido na perícia será submetido a exames técnicos para comprovar que se trata de material genético da menina.

As investigações sobre o assassinato de Vitória trouxeram à tona novos elementos que reforçaram as suspeitas contra Maicol. O laudo pericial do celular do suspeito indica que ele monitorava os passos da jovem desde 2024 e demonstrava um comportamento obsessivo em relação a ela. No celular de Maicol, os investigadores encontraram fotos da adolescente, além de imagens de facas e revólver. As autoridades também encontraram no aparelho eletrônico fotos de outras garotas com características físicas semelhantes a Vitória.

A defesa do jovem informou ainda que está adotando "todas as medidas cabíveis para garantir o pleno direito de defesa e o devido processo legal, bem como fazer respeitar as prerrogativas conferidas à advocacia, dentre as quais o direito de entrevistar-se pessoal e reservadamente com o cliente e o acesso à integralidade das informações constantes no inquérito policial e demais feitos correlatos”. Eles reforçaram ainda que seguem "acompanhando o caso e reforçamos nosso compromisso com a verdade e com a justiça.”