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Renan Filho: meta é finalizar 2024 com 80% da malha rodoviária em classificação boa ou ótima

Se alcançado, será o patamar mais alto da série histórica do Índice de Condição da Manutenção (ICM)

  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Estadão

Publicado em 10 de janeiro de 2024 às 13:03

Com a proximidade do São João, para quem vai pegar a estrada, é importante ter planejamento
Imagem ilustrativa Crédito: Divulgação/Seinfra

O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse que o governo antecipou para este ano a meta de alcançar 80% da malha rodoviária em classificação boa ou ótima. O prazo anterior ia até o final de 2026. Se alcançado, será o patamar mais alto da série histórica do Índice de Condição da Manutenção (ICM), levantado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

A promessa foi feita em coletiva de imprensa que acontece na manhã de hoje para balanço das ações da pasta e perspectivas para este ano.

Os dados do ICM mostram que em 2016, pico do índice, 68% das rodovias eram classificadas como boas ou ótimas. Em 2022 chegou ao pior patamar, ficando em 52%. No ano passado, subiu para 67%. "Isso mostra que infraestrutura responde rapidamente a investimentos", disse Renan Filho.

Sobre a meta para este ano, o ministro disse que ela é mais otimista que a projetada pelo próprio Dnit, que estima cerca de 75%. "De qualquer forma, estaremos, ao longo do ano, com o melhor patamar da condição da malha rodoviária de toda a série histórica", afirmou.

Metodologia

O ICM é calculado a partir de levantamento de campo, buscando classificar cada segmento em quatro categorias: péssimo, ruim, regular ou bom. O cálculo do ICM é composto pelo Índice de Pavimentação - IP (panelas, remendos e trincas), que representa 70% do valor final, e pelo Índice de Conservação - IC (roçada, drenagem sinalização horizontal e vertical), que representa os 30% restantes.

Nos trechos de rodovias pavimentadas o ICM é obtido através da filmagem da rodovia com câmeras de ação. No escritório esses vídeos são processados através do software DNIT-ICM, desenvolvido pela equipe do Labtrans da Universidade Federal de Santa Catarina. O DNIT-ICM utiliza técnicas de visão computacional e redes neurais, e automatiza a detecção dos elementos constituintes do ICM nos vídeos.

Todos os elementos detectados passam por um pós-processamento manual com a finalidade de retirar os chamados falsos positivos e, no caso dos itens do IC, também é feita a análise qualitativa deles. Após a conclusão dessas etapas, o software gera a planilha com os resultados do ICM, individualizado por quilômetro, no padrão do DNIT.

Para os trechos não pavimentados (e também pavimentados quando da impossibilidade de realização de filmagens) foi desenvolvido aplicativo para dispositivos móveis chamado ICM mobile (será disponibilizado em breve).