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Da Redação
Publicado em 10 de março de 2015 às 07:55
- Atualizado há 2 anos
A presidente Dilma Rousseff afirmou, ontem, que a assinatura de lei do feminicídio é um momento importante na afirmação da luta que coloca como foco a violência contra a mulher. Ela relatou que 15 mulheres são mortas por dia no Brasil apenas pelo fato de serem mulheres. A fala ocorreu durante cerimônia de sanção da lei que tipifica o feminicídio como crime hediondo.Dilma, de azul, defende punições severas para crimes contra mulheres. (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)"Em briga de marido e mulher, nós achamos que se mete a colher, sim", disse a presidente, reforçando não se tratar de uma intromissão na privacidade. "Essa morte pelo fato de ser mulher torna a questão de gênero, a questão do gênero feminino no Brasil especial", afirmou, lamentando ainda a existência do racismo e a violência contra a população LGBT. "O Brasil não deve aceitar jamais ser a terra da intolerância e do preconceito", disse.
Segundo a presidente, intolerância e preconceito são a semente dos piores males e matam a democracia. Dilma alertou que há brasileiros que consideram excessivas as leis que punem racistas e também aqueles que acham que homofobia não é um problema relevante. "Essa visão de mundo não é real e nós não a aceitamos", afirmou.
A ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, classificou a sanção como histórica. "Esses assassinatos são, com frequência, cometidos por pessoas com quem a mulher manteve relação de afeto", alertou. A Lei 8.305/14 classifica o feminicídio como crime hediondo e modifica o Código Penal, incluindo o crime entre os tipos de homicídio qualificado.
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