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Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2019 às 10:06
- Atualizado há 2 anos
Foto: Reprodução/Facebook A mãe da adolescente Lorrana, de 14 anos, que morreu após ganhar pirulito de uma desconhecida em um trem no Rio de Janeiro, se manifestou pela primeira vez após o caso. A vendedora Gisele José da Luz, de 32 anos, diz não conseguir entender o que aconteceu com sua filha mais velha.
"Ela foi ao meu serviço e disse que estava passando mal. Eu disse que não era nada demais e fomos para casa. Quando foi por volta de 1h da manhã de terça, ela começou a sentir dormência nas pernas e a boca começou a espumar. Corri com ela para o hospital com o meu irmão e ela foi entubada. Ela estava bem, num primeiro momento. Voltei em casa para pegar uma roupa e quando voltei eles me disseram que ela já estava morta. Eu me joguei no chão e pedi a Deus para a minha filha voltar para mim" afirmou Gisele ao Globo.
A menina morreu na UPA do Jardim Íris, em São João do Meriti, na madrugada da última terça-feira, após chupar uma bala dentro de um trem. Tia de Lorrana, Renata da Luz deu detalhes de como o quadro clínico da jovem evoluiu.
"Ela ficou lá na loja com a mãe, normal, e foram para casa às 19h. Em casa, ela voltou a reclamar que estava se sentindo mal. Aí, a minha mãe ainda disse que era para ela tomar um remédio. Ela melhorou, lanchou normalmente. À 1h, ela voltou a passar mal, dizendo que não estava enxergando nada. Quando a minha irmã foi ver, ela estava com uma gosma na boca. Eles foram para a UPA do Jardim Iris, fizeram uma lavagem e, às 5h, ela deu três paradas e morreu", lembra.
"Ela só queria viver e ser feliz. Ela estava muito feliz com o curso. Queremos justiça, que ela (a mulher que deu a bala) seja presa. Quantas crianças vão morrer por conta disso? Os médicos falaram que o sintoma foi de envenenamento porque corroeu os órgãos dela", comentou.
Lorrana teve parada cardiorrespiratória Segundo O Globo, Lorrana recebeu a bala quando voltava do curso, na tarde da última terça-feira. Depois disso, a jovem começou a passar mal e foi levada para a unidade de saúde na Baixada Fluminense. Lá, a menina foi entubada e, horas depois, teve uma parada cardiorrespiratória e morreu. A família não sabe dizer em qual estação de trem a menina aceitou o doce, que foi oferecido por uma mulher.
"Eu cheguei a brigar com ela. Eu disse: 'Quase morri uma vez porque eu comi um alimento que me deram. Você não lembra?'. — contou Gisele - A minha filha foi a mais esperada. Eu tive ela aos 16 anos. Agora, ela não está mais aqui", conta.
Segundo a mãe, o sonho de Lorrana era a festa de 15 anos que já estava sendo preparada para a estudante. "Nós já estávamos começando a comprar as coisinhas para a festa dela em janeiro. Eu vou fazer a festa dela, porque ela vai está lá para comemorar", disse Gisele, que tem outros três filhos com 2, 6 e 13 anos de idade.