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PRF afasta agentes envolvidos em ação que terminou com jovem baleada na cabeça

Ocorrência foi na BR-040, na noite dessa terça-feira (24)

  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Foto do(a) author(a) Tharsila Prates
  • Estadão

  • Tharsila Prates

Publicado em 25 de dezembro de 2024 às 17:03

Juliana Leite Rangel
Juliana Leite Rangel Crédito: Reprodução

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afastou os agentes envolvidos na ocorrência que terminou com a jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, baleada enquanto passava de carro com a família na BR-040, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, na noite desta terça-feira (24), véspera de Natal. O órgão abriu um procedimento interno para apurar os fatos.

A jovem foi atingida na cabeça dentro do carro de sua família por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Rio de Janeiro e internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN) às 21h, levada pela própria PRF, com uma perfuração por arma de fogo no crânio, segundo informado pela Prefeitura de Duque de Caxias. Seu estado de saúde é gravíssimo.

Em entrevista à TV Globo, parentes de Juliana relataram que a família estava indo para uma festa de Natal quando ouviu a sirene da polícia e trocou de faixa para dar passagem. Na sequência, foram atingidos por inúmeros disparos. O pai de Juliana dirigia o veículo. Ele foi baleado na mão.

"A gente viu a polícia e a gente até falou 'vamos dar passagem para a polícia', a gente deu e eles não passaram, pelo contrário, eles começaram a mandar tiro em cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro, muito mesmo", disse Deyse Rangel, mãe da jovem.

"Eles desceram falando: 'você atirou no meu carro por quê'? Eu falei: 'nem arma eu tenho, como é que eu atirei em você?'", contou Alexandre Rangel, pai da vítima.

Em nota, a PRF disse que "na manhã desta quinta-feira (25), a Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília/DF, determinou abertura de procedimento interno para apuração dos fatos relacionados à ocorrência". "Os agentes envolvidos foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais", afirma a polícia.

"A PRF lamenta profundamente o episódio. Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana", diz a nota. "A PRF colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso".

A Prefeitura de Duque de Caxias disse, em nota, que a jovem, assim que chegou ao Hospital Adão Pereira Nunes, foi entubada e encaminhada diretamente para o centro cirúrgico, sem intercorrências. "No momento, seu estado de saúde é gravíssimo". Uma nova atualização deve ser divulgada na tarde desta quarta.

Caso Genivaldo

No último dia 7 de dezembro, os ex-policiais rodoviários federais Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia foram condenados pela morte de Genivaldo de Jesus dos Santos. O motociclista foi asfixiado com gás no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante uma abordagem em 2022, em Sergipe.

Na época, as cenas do caso chocaram o País. Genivaldo foi parado em uma blitz na cidade de Umbaúba por dirigir uma motocicleta sem usar capacete. Durante a abordagem, policiais prenderam o motociclista no porta-malas da viatura e ativaram uma bomba de gás lacrimogênio no interior do veículo. Nas imagens, os policiais impedem sua saída do porta-malas enquanto o gás é inoculado.

A maior pena foi atribuída a Paulo Rodolpho Lima Nascimento, que foi condenado a 28 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado. Nascimento foi responsável por jogar a bomba de gás e segurar a porta. Já William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas foram condenados a 23 anos, um mês e nove dias de prisão por tortura seguida de morte. Noia abordou a vítima desde o início e segurou a porta da viatura para impedir sua saída. Freitas utilizou spray de pimenta contra Genivaldo.

A defesa dos acusados declarou a inocência dos réus e argumentou que os agentes usaram os meios disponíveis para conter a resistência da vítima durante a abordagem.

Em nota, na ocasião, a PRF afirmou que conduziu processo administrativo que resultou na demissão dos servidores em agosto. A corporação disse ainda que qualquer posicionamento a respeito do julgamento é de responsabilidade das defesas técnicas particulares de cada um dos três ex-servidores.

Imagens do caso Genivaldo, em Sergipe, chocaram o país
Imagens do caso Genivaldo, em Sergipe, chocaram o país Crédito: Reprodução