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Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2021 às 08:51
- Atualizado há 2 anos
André Leonardo de Mello Frias, de 48 anos, é o policial civil morto durante uma operação no Jacarezinho, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (6). André estava casado desde 2018 com uma policial civil e tinha um enteado de 10 anos.
O policial também sustentava a mãe, que sofreu um AVC há três anos e, desde então, vive sobre uma cama. As informações são do G1.
André foi atingido por um tiro na cabeça pouco depois das 6h, ainda no início da operação. Ele tinha acabado de descer do Caveirão, o veículo blindado da Polícia Civil.
Ele foi encaminhado ao hospital, e lá chegou por volta das 6h30. Apesar do atendimento, ele não resistiu.
O agente foi uma das 25 pessoas que morreram na operação. De acordo com a polícia, os outros 24 eram traficantes.Saiba mais sobre a ação no Jacarezinho Jacarezinho: Polícia do Rio nega execuções; Comissão Arns fala em "ação desastrosa" Operação no Jacarezinho é a mais letal da história do Rio e repercute no exterior Operação policial no Rio tem tiroteio intenso e deixa 25 mortos Mudança de planos A decisão de descer do Caveirão e seguir a pé pela favela aconteceu após a equipe se deparar com barreiras colocadas por traficantes no meio da rua.
Seis policiais desceram do veículo e entraram na comunidade do Jacarezinho a pé. André Frias era um dos últimos da fila.
Assim que colocaram os pés para fora do Caveirão, a equipe foi alvo dos disparos.
Segundo a polícia, havia uma espécie de casamata, feita de concreto com um buraco para que o criminoso coloque o fuzil e realize os disparos. Foi de lá que partiu o tiro que atingiu o policial.
“O policial baleado na cabeça foi alvejado de uma construção de concreto. Havia várias dessas na favela. Eles se planejaram. Tiveram tempo. Fizeram um bunker de defesa para atacar a polícia”, contou Rodrigo Oliveira, subsecretário Operacional da Polícia Civil.
Dois policiais já estavam abrigados e um terceiro ferido no braço quando um disparo bateu no chão, ricocheteou e atingiu a cabeça de André Frias que estava agachado.
“Se tivéssemos o helicóptero, com câmera e todo o suporte, talvez o policial não tivesse morrido. Talvez tivéssemos menos mortos. Porque ele protege a todo. O helicóptero diminui confronto. Com o helicóptero há menos letalidade”, disse Ronaldo Oliveira, assessor especial da Secretaria de Polícia Civil.