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Policiais matam integrante da 'tropa de elite' do PCC em operação

Pane era investigado por envolvimento em crimes do chamado "novo cangaço", como mega-assaltos a bancos.

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 12 de março de 2025 às 11:10

André Ferreira Borges, conhecido como Pane
André Ferreira Borges, conhecido como Pane Crédito: Reprodução

André Ferreira Borges, conhecido como Pane, de 45 anos, foi morto na noite desta terça-feira (10) durante uma ação do Batalhão de Choque da Polícia Militar na Rodovia Dom Pedro, em Campinas (SP). Ele era apontado como membro da "restrita tática", um grupo de elite do Primeiro Comando da Capital (PCC) formado por criminosos de alta periculosidade, recrutados para planejar ações como o resgate de Marcola, líder da facção. As informações são do Uol.

Segundo a PM, Pane atirou contra os policiais durante uma tentativa de abordagem, o que resultou em um confronto. No carro do criminoso, foram encontrados uma submetralhadora, munição de calibre .50 (capaz de abater helicópteros), carregadores de fuzil e uma luneta para miras de longo alcance. Além disso, ele portava mais de R$ 500 mil em dinheiro, grande parte em dólares.

Pane era investigado por envolvimento em crimes do "novo cangaço", como mega-assaltos a bancos. Ele foi preso em 2019 após um roubo de R$ 40 milhões em Uberaba (MG), onde uma jovem de 21 anos morreu baleada durante o confronto entre a quadrilha e a polícia. Apesar da gravidade dos crimes, ele foi solto no ano passado após receber um alvará de soltura.

Conexões internacionais e plano criminoso

De acordo com investigações, Pane morava nos Estados Unidos, onde investia em criptomoedas, e circulava em veículos blindados. Ele teria retornado ao Brasil para planejar um novo assalto a uma agência bancária em Americana (SP). A ação da PM impediu o crime e desarticulou parte do núcleo estratégico do PCC.

Pane é o segundo integrante da "tropa de elite" do PCC morto recentemente. Em fevereiro, Carlos Alves Bezerra, o Carlão, foi abatido em uma operação da Rota. Ele também era apontado como um dos responsáveis pelo plano de resgate de Marcola. Além disso, Ivan Garcia Arruda, o Degola, outro líder do grupo, foi preso em setembro de 2024 em Sorocaba (SP).

A polícia já havia descoberto um QG da "restrita tática" em Paraisópolis, onde apreendeu fuzis, granadas, coletes à prova de balas e munição. A operação resultou na prisão de três suspeitos.